Nélson Veríssimo explica substituição de Taarabt e felicita os jogadores
Declarações de Nélson Veríssimo, treinador do Benfica, na sala de Imprensa, após o triunfo sobre o Ajax em Amesterdão, 0-1, e consequente passagem aos quartos de final da Liga dos Campeões.
Sentimento pela passagem aos "quartos": "Temos consciência da dificuldade do adversário que tivemos e do jogo bastante difícil que tivemos aqui. Na minha ótica, o treinador tem de ser o mais frio e calculista possível relativamente ao que foi jogo. Não deixar que as emoções toldem o raciocínio, mas obviamente estamos todos satisfeitos pelo que conquistámos. Estamos neste momento nas oito melhores equipas da Europa, este grupo de trabalho está de parabéns, porque trabalharam muito para conseguir isso, contra uma equipa bastante difícil, mas desde o primeiro momento acreditámos que conseguíamos ou que que iríamos dividir o jogo com o Ajax. Foi o que aconteceu."
Jogo correu como estava à espera? "Na preparação estávamos a contar com uma entrada forte do Ajax, a jogar em casa, com o apoio forte do público. Tendo em conta a matriz ofensiva do jogo, ia ter muita qualidade e quantidade na posse de bola. Preparámos a equipa para enfrentar esse primeiro momento. A realidade é que nos momentos em que recuperámos a bola, não conseguimos ter a qualidade critério como desejaríamos. mas a inteligência das equipas também se vê nestes momentos. Perceber que se não dava de uma forma, tinha de dar de outra. Sabíamos que tínhamos de continuar com consistência e compromisso defensivo muito elevados. Sabíamos que a qualidade de jogo ofensiva do Ajax é elevada. Depois num momento de transição ou bola parada, era aproveitar."
Meité entrou para o lugar de Taarabt ao intervalo: "O Adel [Taarabt] estava limitado fisicamente. Depois, entre as opções disponíveis em termos de médios e naquilo que era a abordagem para a segunda parte, entendemos que o Meité seria a melhor solução, no sentido de nos dar algum poder físico no controlo e na ocupação dos espaços e também na qualidade com bola, naquilo que era o ver o jogo mais à frente, em função dos movimentos dos nossos alas e do avançado. Depois, a partir do momento em que fizemos golo, era tentar segurar a vantagem, ainda tivemos uma oportunidade pelo Roman [Yaremchuk]."
Elogios aos jogadores: "[quero] Dar os parabéns pela forma como abordaram a eliminatória, reconhecendo que o adversário tem uma grande qualidade, em função do que tem vindo a fazer. A partir daí, foi tentar encontrar melhor estratégia para desmontar o processo ofensivo e defensivo do Ajax."
Foi a prova que às vezes o pragmatismo é mais importante do que outros aspetos? "Temos de olhar para o conjunto dos dois jogos, saber que no Estádio da Luz tivemos uma segunda parte muito interessante, relativamente ao jogo e dinâmicas que as equipas apresentaram. Não nos podemos esquecer que jogaram duas equipas que gostam de ter bola, que gostam de se atitar para o ataque. Temos a consciência que hoje não conseguimos fazer esse jogo. Em muitos momentos tivemos essa capacidade de jogar em bloco médio/baixo e sair em transição. Mas temos de perceber o que o jogo nos está a dizer e de que forma podemos ferir a equipa adversária. Depois encontrar esse pragmatismo. Perceber que uma transição ou bola parada podia fazer a diferença. Não podíamos perder a consistência defensiva. O Ajax teve as suas oportunidades, mas acho que ainda assim, perante o adversário, perante as características do jogo, soubemos sofrer quando tínhamos de sofrer e aproveitar o que o jogo nos estava a dizer que podíamos aproveitar: uma bola parada ou transição."