Luís Filipe Vieira e o presidente do emblema argentino acertaram a transferência do extremo por 7,5 milhões de euros. O jogador vai assinar um contrato de três temporadas
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Fim de ciclo de Salvio no Benfica, com o extremo argentino a rumar definitivamente ao Boca Juniors, após a conquista de 14 títulos na Luz.
Duas lesões graves no joelho direito custaram 66 jogos de paragem entre 2013 e 2015
Após um processo com avanços e recuos desde há várias semanas, está atingido um acordo base entre as três partes (clubes e atleta), faltando limar detalhes, relacionados com a distribuição da percentagem do passe do atleta para o oficializar: o Boca Juniors deve pagar aos encarnados cerca de 7,5 milhões de euros ficando com a totalidade do passe. O contrato será válido por três temporadas.
Os termos deste acordo final foram selados entre os presidentes dos clubes, Daniel Angelici, do lado dos xeneizes, e Luís Filipe Vieira, da parte do Benfica. Tal como O JOGO deu conta na edição de ontem, Bruno Lage já não contava com Salvio para a deslocação aos Estados Unidos.
Por isso, optou, logo após o jogo em Coimbra, onde os encarnados golearam a Académica por 8-0, levar o júnior João Ferreira na comitiva, num sinal claro de que o argentino, esta pré-época só utilizado como lateral-direito, era carta fora do baralho.
Fatores determinantes para Salvio insistir em voltar a "casa", ao que apurámos, têm que ver com o contrato altamente vantajoso em termos financeiros, o estado de saúde do pai e a vontade do atleta em dar apoio mais próximo à mãe, que há muito anseia pelo regresso de Toto, emigrado desde 2010.
Com a transferência de Salvio, o Benfica vê sair, no mesmo defeso, três jogadores de relevo: João Félix, Jonas e, agora, o argentino. No caso deste último, trata-se de um dos capitães das águias, ele que cumpriu oito épocas na Luz, sete delas consecutivas.
A primeira no Benfica foi em 2010/11, então ainda por empréstimo do Atlético de Madrid. Mas, em 2012/13, o atacante voltaria aos encarnados, que investiram nele um total de 13,5 milhões de euros, onde se tornou um dos cinco vencedores do único tetracampeonato das águias, ao lado de André Almeida, Luisão, Jardel e Fejsa.
Os fatores decisivos, além do contrato altamente vantajoso em termos financeiros, foram a perda de protagonismo na Luz, o estado de saúde do pai e um anseio da mãe
Apesar de uma carreira marcada por lesões, duas graves no joelho direito que lhe custaram 66 jogos de paragem entre 2013 e 2015, Salvio deixa a Luz com 266 partidas disputadas, 62 golos marcados e 14 troféus levantados de águia ao peito - o último a liga do ano passado.