A dupla de falsos extremos conta junta 28 golos desde que Lage chegou e descontando as sete assistências de um para o outro, contabiliza ainda 16 passes decisivos
Corpo do artigo
Ao decidirem o dérbi contra o Belenenses, Rafa e Pizzi reforçaram a importância que têm na capacidade concretizadora do Benfica desde que Bruno Lage chegou, estando decisivamente implicados em 45 por cento dos golos.
As águias apresentam duas zonas preferenciais para chegar ao remate vitorioso, onde os dois jogadores pesam um terço dos tentos
O 1-0 por Rafa foi o 15.º pessoal após a saída de Rui Vitória e o 2-0 por Pizzi o 13.º. Ou seja, juntos somam 28 dos 97 tentos que a equipa marcou com Lage. Mas juntando as 16 assistências somada pela dupla - descontando as sete que fizeram de um para o outro (Rafa beneficiou de quatro e Pizzi de três) - a participação decisiva em 44 golos representa os tais 45 por cento referidos.
Esta temporada, contudo, a influência cresce ainda mais para a dupla, que leva sete dos 12 golos da equipa em três jogos: cinco de Pizzi e dois de Rafa. E nessas sete partidas, a ligação entre ambos foi elevada ao extremo da eficácia porque Rafa só marcou a passe de Pizzi, o qual já beneficiou de três assistências do colega.
Numa equipa que tem sido uma verdadeira máquina de fazer golos, há três zonas que se destacam claramente como as preferidas do Benfica para o remate fatal (ver infografia). E dentro das duas onde foram concretizados mais golos pelas águias (dentro da grande área em zona frontal/ligeiramente lateral), Rafa e Pizzi surgem com papel relevante ao valerem 18 de um total de 53 tiros nas redes. Ou seja, um nada mais do que um terço do total.
Esta época, a sociedade ganha maior peso: sete golos em 12 do Benfica.
Um registo que se explica pela forma como os dois jogadores se posicionam e movimentam em campo. O desenho tático de Bruno Lage, em 4x4x2, pode levar numa análise superficial a considerar que Pizzi joga a extremo-direito e Rafa a extremo-esquerdo. Mas o que se vê em campo é que estão longe de serem alas, pisando frequente e determinantemente as zonas interiores.
Pizzi, mais cerebral, e Rafa mais explosivo, funcionam quase como uma segunda linha de avançados, razão pela qual surgem tantas vezes na área a finalizar. São também fundamentais na pressão à saída de bola dos adversários, como se viu no último jogo: uma recuperação de Pizzi resultou no 1-0 e outra de Rafa no 2-0.