Dinamizar o negócio para aumentar receitas, reforçar a aposta feita na formação e marcar presença regular na Liga dos Campeões são as linhas estratégicas essenciais defendidas
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Domingos Soares de Oliveira, CEO do grupo Benfica, abordou a dinamização e a estratégia dos negócios do clube para os próximos anos, traçando um paralelo com realidades diferentes dos campeonatos mais fortes do futebol europeu. "O que aqui foi discutido foi o modelo de negócio que os clubes têm para enfrentar os desafios do futuro. Tivemos três realidades que são muito distintas, dois clubes dos cinco maiores mercados e o Benfica que não está dentro dos cinco maiores mercados. O que os clubes das grandes ligas pretendem fazer em termos de dinamização do negócio e exposição da sua marca é diferente daquilo que o Benfica pretende fazer", explicou aquele dirigente na Soccerex.
"Sempre que apontamos para expansões internacionais não tentamos posicionar a nossa marca à frente das marcas dos países para onde vamos, mas potenciar o desenvolvimento do futebol através do conhecimento único que o Benfica tem em termos de jovens", acrescentou.
"Segundo, marcar a diferença que estando num país pequeno foi necessário ir buscar marcas patrocinadoras fora de Portugal e nove das dez que temos são patrocinadores internacionais", acrescentou ainda, esperando gerar receitas recorde em 2019. "O principal desafio para o futuro é manter o Benfica com um forte desempenho a nível europeu e temos de ser capazes de gerar receitas suficientes - em 2004 estávamos perto dos 50 milhões de euros e em 2019 contamos chegar perto dos 300 milhões - para reter os nossos melhores talentos", frisou.
"Terceiro, claramente uma aposta nas competições europeias em que somos um dos poucos clubes e o único fora das cinco grandes ligas que mantém uma presença na Champions nos últimos dez anos e explicar que o facto de estar na Champions é extremamente importante em termos de reconhecimento de marca e receita, mas que os desafios que temos para as competições de pós 2024 é termos o cenário de estar ao mais alto nível e outro de nível intermédio e as diferenças que se colocam para os clubes estando ou não na Champions depois de 2024", apontou ainda.