
Jorge Amaral/Global Imagens
Em causa está o alegado inquérito que o Ministério Público abriu a leões e dragões, conforme avança o semanário Sol.
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O Benfica emitiu um comunicado a reagir à notícia avançada este sábado pelo semanário Sol, que revela a abertura de um inquérito do Ministério Público aos presidente de Sporting e FC Porto, Pinto da Costa e Bruno de Carvalho, por alegadas pressões aos árbitros a propósito da greve programada para os jogos da Taça da Liga.
"Tendo hoje [sábado] tomado conhecimento através da notícia do jornal Sol da abertura de um inquérito por parte do Ministério Público sobre as eventuais ameaças, contactos diretos e pressões do FC Porto e Sporting a árbitros e outros agentes desportivos, que se revestem de enorme gravidade, o Benfica está seguro de que haverá uma rigorosa e exigente investigação e apuramento dos factos por parte das entidades competentes tanto no âmbito criminal como desportivo", pode ler-se no comunicado publicado pelo clube da Luz no seu site oficial.
Recorde-se que, na sexta-feira, Bruno de Carvalho fez uma publicação no Facebook sobre o inquérito em questão, falando numa "arma de desesperados".
Leia o comunicado do Benfica na íntegra:
"Tendo hoje tomado conhecimento através da notícia do jornal Sol da abertura de um inquérito por parte do Ministério Público sobre as eventuais ameaças, contactos diretos e pressões do FC Porto e Sporting a árbitros e outros agentes desportivos, que se revestem de enorme gravidade, o Benfica está seguro de que haverá uma rigorosa e exigente investigação e apuramento dos factos por parte das entidades competentes tanto no âmbito criminal como desportivo.
Na realidade, desde a invasão do centro de treinos da Maia, de forma mais ou menos explícita, as ameaças e coações têm sido do conhecimento publico, com destaque para a forma sistemática como dirigentes do FC Porto têm colocado em causa a honorabilidade das equipas de arbitragem, como também pelas ameaças públicas de diversos membros dos grupos organizados de adeptos do FC Porto que através do uso das suas redes sociais visam árbitros e suas famílias.
Não deixa de ser também preocupante verificarmos que, pelos indícios descritos, também o Sporting, através de vários dos seus responsáveis, tenha estendido a sua pretensa aliança à prática das mesmas formas de coação e pressão que culminou na contratação de um ex-árbitro e observador para a sua estrutura com funções difíceis de enquadrar e entender.
Recorde-se que oportunamente, o Presidente da FPF ouvido em audição na Assembleia da República denunciou e deixou provas de algumas dessas ameaças, intimidações e pressões sobre as equipas de arbitragem e seus familiares, factos também publicamente assumidos pelo Presidente da APAF. E uma simples questão impõe-se, mas afinal quem as faz?
Quem tem procurado condicionar dessa forma a atuação das equipas de arbitragem e deturpar a verdade desportiva?
FC Porto e Sporting, depois da prática de diversos crimes de divulgação e promoção de correspondência privada, têm agora acrescidas suspeitas de outro tipo de condutas que personificam um regresso a um passado de triste memória, numa reincidência intolerável que exige das entidades competentes uma minuciosa e eficaz investigação".
