O Benfica apresentou em Lyon a equipa mais jovem da jornada e a segunda com menos andamento de UEFA.
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O Benfica voltou na quarta-feira a Lisboa após mais uma derrota na Liga dos Campeões (3-1 em Lyon), a terceira nos quatro jogos até agora disputados nesta edição da prova.
O Benfica vai entrar para as últimas duas rondas da fase de grupos com três pontos apenas, vindos da vitória caseira frente ao Lyon
Uma jornada onde Bruno Lage montou um onze bastante jovem, o mais jovem aliás de todos os que nesta quarta ronda da fase de grupos da Champions entraram em campo de início: a média de idades dos encarnados foi de 22,7 anos contra os 23,4 do Genk, segundo classificado neste registo.
Já em experiência em partidas das competições da UEFA, os encarnados ficaram-se também pelo segundo lugar na lista dos onzes mais "inexperientes" (média de 13,5 jogos por atleta), numa lista onde só os franceses do Lille apresentaram um elenco menos "batido": 7,8. Ou seja, na combinação da menor experiência em altos patamares competitivos com a idade, as águias foram o conjunto com menos argumentos.
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Em termos globais, foi um Benfica pleno de "sangue jovem" aquele que pisou o relvado do Parc OL, com cinco jogadores com 22 ou menos anos: Tomás Tavares, Rúben Dias, Ferro, Florentino e Gedson. Meia equipa que contribuiu, muito, para o baixar da idade média de um coletivo onde o mais velho foi o médio Gabriel (26 anos), o guarda-redes Vlachodimos (25) e o extremo Cervi (25). Já no lado francês, os mais novos foram Aouar e Reine-Adélaide (ambos com 21 anos), com Anthony Lopes (29) e Thiago Mendes os mais velhos (27). Em média, a equipa do Lyon era um ano e três meses mais velha. Já em experiência acumulada em jogos da UEFA, os gauleses bateram as águias na média de partida disputadas por atleta (22,5 contra 13,5), tal como na própria Champions (11 para 7,8 das águias).
Aliás, e olhando só para a Liga dos Campeões, o Benfica foi a nona equipa com pior média de jogos por atleta titular, numa lista onde não entra nenhum dos colossos europeus: Salzburgo, Genk, Atalanta, Slavia Praga, Dínamo de Zagreb, Estrela Vermelha, Brugge e Lille. Em quantidade de partidas da liga milionária, o que mais partidas tinha no onze titular era Cervi, com 18 jogos nas pernas entre os gigantes da Europa.
Refira-se que em Lyon o Benfica assinou a sua décima partida consecutiva fora a conceder golos na Champions - algo inédito -, num registo iniciado ainda com Rui Vitória, a 23 de novembro de 2016: há três anos, em Istambul frente ao Besiktas, o jogo terminou 3-3. Uma permeabilidade defensiva que também tem contribuído para o acumular de insucessos das águias na prova ao longo da última década. Nesse período, em 68 jogos, o Benfica perdeu 32 vezes, ou seja, teve 47 por cento de derrotas.
Mais de 100 golos em uma década
Na última década, de 2010 em diante, a defesa do Benfica tem sido constantemente colocada à prova e as mossas têm surgido nos diversos acidentes de percurso. Até agora, num total de 68 jogos na competição, os encarnados concederam 101 golos, o último somado em Lyon e com a assinatura de Bertrand Traoré, que se seguiu aos tiros certeiros de Andersen e Depay. Como visitante, no mesmo período de análise, o Benfica realizou 34 encontros "milionários", concedeu 67 golos, o que se reflete numa média de quase dois por jogo (1,97).