Vieira ilibado em três transferências por auditoria ao Benfica, avança o ECO
Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica
foto Leonel de Castro/Global Imagens
Ex-dirigente, concluiu a Ernst & Young, não causou qualquer dano financeiro ao clube da Luz. Auditora analisa, agora, mais 55 contratos, por ordem do atual líder encarnado
Pedida, há três meses, por Rui Costa, presidente do Benfica, na sequência da Operação Cartão Vermelho, a auditoria à SAD do clube lisboeta deduziu que Luís Filipe Vieira, arguido e antigo líder das águias, não lesou o emblema da Luz.
Segundo o jornal "ECO", o ex-dirigente, atualmente suspeito de fraude e de receber comissões indevidas, não causou dano financeiro ao Benfica no âmbito de três transferências de futebolistas em anos anteriores.
Esses negócios estão, de resto, no seio da investigação a cargo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, órgão sob tutela do Ministério Público.
O órgão refere, ainda, que o clube da Luz tomou a decisão de não se tornar assistente no processo relativo à Operação Cartão Vermelho em função destes resultados concluídos pela auditoria da Ernst & Young, entregues a 22 de dezembro.
Na semana passada, Rui Costa revelou, em entrevista à BTV, que a auditoria foi alargada a mais 55 contratos que suportam transferências de atletas.
Luís Filipe Vieira é suspeito de ter integrado um esquema fraudulento para receber comissões sobre negócios de jogadores, atribuídas inicialmente ao empresário Bruno Macedo, que mais tarde lhe eram revertidas para pagar dívidas afetas a empresas particulares, como, por exemplo, a Promovalor.
A investigação identifica como principais prejudicados o Benfica, o falido Banco Espírito Santo, o Novo Banco e o Estado português. Em causa, estão alegados crimes de burla qualificada, abuso de confiança agravada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, em "negócios superiores a 100 milhões de euros", segundo relatório da Autoridade Tributária.
O processo resultou na detenção temporária de Luís Filipe Vieira, dado que o ex-presidente do Benfica pagou uma caução de três milhões de euros, uma das mais altas de sempre aplicadas pela Justiça, para estar em liberdade.