Lisboa: manifestação contra violência policial e racismo acaba com pedradas e tiros

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A manifestação contra contra violência policial e racismo, em Lisboa, acabou com desacatos e a detenções
O protesto, que juntou centenas de pessoas na zona dos Restauradores, em Lisboa, foi convocado através das redes sociais, depois de, no domingo, uma intervenção da PSP no Bairro da Jamaica, no Seixal, ter acabado com vários feridos.
A manifestação viveu momentos de tensão por volta das 19h30 quando foram disparadas, pela polícia, balas de borracha, a fim de dispersar os manifestantes após indivíduos terem começado a atirar pedras.
Acompanhados de alguns símbolos, como uma bandeira de Cabo Verde e cartazes a dizer "antirracismo social", os manifestantes gritaram palavras de ordem como "Não ao racismo", "não à mortalidade policial" e "chega", pode ler-se na edição online do Jornal de Notícias.
A controlar a ação de protesto estavam cerca de duas dezenas de polícias, nomeadamente elementos da Unidade Especial da PSP.
O número de detidos esta tarde em Lisboa, no âmbito do apedrejamento de elementos da PSP por parte de moradores do bairro social da Jamaica, no Seixal, aumentou para quatro, segundo informações da polícia.
Hoje, dezenas de moradores no Bairro da Jamaica, no Seixal, Setúbal, protestaram durante a tarde em frente ao Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa, para dizer "basta" à violência policial e "abaixo o racismo".
Segundo o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), os manifestantes cerca das 17:00 subiram a Avenida da Liberdade, em direção ao Marquês de Pombal, onde ocuparam a praça central.
Pelas 18:30 começaram a descer a avenida, ocupando as faixas centrais e impedindo a circulação rodoviária, indicou a fonte, explicando que quando os elementos da PSP os obrigaram a passar para o passeio começaram a lançar pedras contra os agentes da autoridade e "pelo menos dois petardos".
Esta reação levou a "uma intervenção mais musculada da PSP" levando os manifestantes a dispersarem-se, indicou a fonte, não adiantando para já se foram disparados tiros.
O comissário Tiago Garcia a
