O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou esta quarta-feira como "um bom compromisso" a proposta do presidente norte-americano, Donald Trump, para um acordo de tréguas com a Rússia, mas duvidou que o seu homólogo, Vladimir Putin, o vá aceitar
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À chegada a Oslo, num périplo que ainda o vai levar à Suécia, Bruxelas e Londres, o líder ucraniano comentava o plano de Trump de começar a negociar com a Federação Russa com base nas atuais linhas de frente de guerra entre aqueles "vizinhos".
Segundo Zelensky, Donald Trump «propôs: "fiquem onde estão e comecem as conversações"».
"Penso que é um bom compromisso, mas não tenho a certeza de que Putin o aceite e disse-o ao Presidente Trump", afirmou.
O presidente ucraniano, chefes de Estados aliados de Kiev e líderes das instituições europeias também defenderam na terça-feira que "a linha da frente deve ser o ponto de partida para negociações".
A Ucrânia foi invadida em fevereiro de 2022 e, desde então, não tem havido qualquer avanço nas negociações para um cessar-fogo.
Desde que regressou à Casa Branca, no início deste ano, Trump deu passos diplomáticos para tentar mediar tréguas imediatas e garantir segurança para a Ucrânia.
Mais recentemente, o líder dos Estados Unidos da América considerou que a Ucrânia poderia ter de fazer concessões territoriais, especialmente na região do Donbass (leste).
A proposta provocou preocupação em Kiev e nos países europeus, que sublinharam que qualquer acordo tem de respeitar a soberania da Ucrânia e não pode recompensar a invasão pela força.
A Rússia rejeita algumas das ideias propostas (como a linha de contacto fixa) e mantém exigências próprias sobre a rendição da Ucrânia em certas regiões.