Durante um discurso no debate de alto nível da Assembleia-Geral da ONU, Trump atacou duramente a organização, acusando-a de não "ajudar" a acabar com as guerras ao redor do mundo
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O Presidente norte-americano, Donald Trump, garantiu esta terça-feira ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que apoia a ONU a "100%", apesar das duras críticas que fez minutos antes perante a Assembleia-Geral.
"O nosso país apoia as Nações Unidas a 100%. Acho o potencial das Nações Unidas incrível. Verdadeiramente incrível. Podem fazer tanto, eu apoio-as. Posso discordar [das Nações Unidas] às vezes, mas apoio-as totalmente", declarou Trump no início de uma reunião bilateral com Guterres.
A afirmação de Trump surgiu após reiterar que o teleponto da Assembleia-Geral da ONU falhou durante o seu discurso e que as escadas rolantes usadas na sede das Nações Unidas também estavam avariadas.
Já Guterres afirmou que os Estados Unidos são "essenciais" para a ONU e elogiou Trump por trabalhar pela "paz": "Estamos completamente à sua disposição para trabalharmos juntos por uma paz justa".
Esta foi a primeira reunião que Trump e Guterres tiveram desde que o republicano voltou ao poder em janeiro passado.
Durante o discurso de hoje no debate de alto nível da Assembleia-Geral da ONU, Trump atacou duramente a organização, acusando-a de não "ajudar" a acabar com as guerras ao redor do mundo.
"Se for esse o caso, qual é o objetivo das Nações Unidas?", questionou o Presidente, denunciando a ineficiência da organização porque "tudo o que parecem fazer é escrever cartas muito fortes e depois não cumpri-las".
Trump também acusou a ONU de promover a imigração ilegal e mentir sobre a crise climática. Criticou igualmente a organização por não contratar a sua empresa para reabilitar o edifício em que está instalada.
A ONU enfrenta atualmente um grave problema financeiro e orçamental, potenciado pelos cortes de verbas decretados pelo atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Apesar da carga de trabalho da ONU aumentar anualmente, os recursos estão a diminuir em todos os setores, o que obrigou Guterres a fazer reduções significativas no orçamento e cortes de postos de trabalho.