Tragédia do elevador da Glória: Governo decreta luto nacional, Carris diz que respeitou protocolos de manutenção
CM de Lisboa decretou três dias de luto municipal. Número de mortos subiu para 18. Alegadamente a causa será um cabo de segurança que se partiu
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A tragédia do descarrilamento do Elevador da Glória já tem números finais: 15 mortos, 18 feridos dos quais cinco feridos graves, sendo que um ferido ligeiro é uma criança que está internada em Santa María. Há portugueses e estrangeiros entre as vítimas.
Perante este desastre, o Governo e o Primeiro-Ministro lamentaram o sucedido e foi decretado um dia de luto nacional e três dias de luto municipal.
"Lisboa está de luto. É um momento trágico para a cidade. É gravíssimo, não deveria ter acontecido", disse Carlos Moedas, edil lisboeta.
"O Presidente da República apresenta o seu pesar e solidariedade às Famílias afetadas por esta tragédia e espera que a ocorrência seja rapidamente esclarecida pelas entidades competentes", comunicou a Presidência. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, cancelou a Festa do Livro em Belém, que ia decorrer entre quinta-feira e domingo.
Em comunicado, a Carris assegura que respeitou todos os protocolos de manutenção: "Na sequência do acidente ocorrido, esta tarde, com o Ascensor da Glória, a CARRIS lamenta a existência de vítimas e está a acompanhar a situação. A CARRIS informa que foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção, nomeadamente a manutenção geral, que ocorre a cada quatro anos e que ocorreu em 2022, a reparação intercalar, que é concretizada de dois em dois anos, tendo, neste caso, a última sido realizada em 2024, e têm sido escrupulosamente cumpridos os programas de manutenção mensal, semanal e a inspeção diária. A CARRIS abriu de imediato um inquérito em conjunto com as Autoridades para apurar as reais causas deste acidente."
Refira-se que está em marcha uma investigação das autoridades para apurar responsabilidades e encontrar explicações.