"Tivemos dias com milhares de ataques, na área do futebol havia muita informação"
Luís Pais Antunes, management partner do Conselho de Administração da PLMJ - sociedade de advogados que alega ter sido atacada por Rui Pinto -, falou na terceira sessão do julgamento.
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A terceira sessão do julgamento de Rui Pinto começou com o depoimento de Luís Pais Antunes, management partner do Conselho de Administração da PLMJ - sociedade de advogados que alega ter sido pirateada por Rui Pinto -, que revelou a existência de "dias com centenas e milhares de ataques informáticos", em dezembro de 2018.
""Em dezembro de 2018 começaram a ser divulgadas algumas informações obtidas noutras instituições, em sociedades de advogados. No final de dezembro, foi divulgada num blogue evidência que foi obtida na PLMJ, relacionada com o E-Toupeira, sobre inquirição de testemunha que nunca tinha saído para o exterior. A equipa de informátoca não detetou acesso indevido e depois estavam divulgados no blogue 'Mercado do Benfica - O Polvo'. Verificámos, a 23 de dezembro, acessos indevidos e não um só acesso pontual, mas sim vários desde meados de outubro. Acessos com credenciais de um administrador do sistema. Na área do futebol havia muita informação a ser divulgada que indiciava ser por meios ilícitos. Tivemos dias com centenas e milhares de ataques", assinalou o advogado em tribunal, esta quarta-feira, prosseguindo:
"A 31 de dezembro, surgiu uma comunicação ao João Medeiros [advogado da PLMJ e da SAD do Benfica], de um número do estrangeiro a desejar um bom ano e a dizer que iriam ter uma surpresa. Minutos depois, toda a caixa de correio do João Medeiros foi colocada online. Foram acedidos de forma ilegal pastas, drives e correios", contou Luís Pais Antunes, um dos assistentes que ouvidos ao longo do dia desta quarta-feira.
"Foram publicadas informações, além do e-Toupeira, sobre a EDP, a Operação Marquês, entre outros. Muito na área da equipa criminal", acrescentou.