O canal público Televisão de Moçambique (TVM) vai ter uma infraestrutura digital a partir de 2019, no âmbito do processo de migração a partir da radiodifusão analógica, anunciou hoje o Ministério dos Transportes e Comunicações.
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O edifício que vai albergar os recursos, inaugurado na segunda-feira por Adelino Mesquita, tem uma área de 5.200 metros quadrados e vai albergar três novos estúdios digitais, salas técnicas e de trabalho, anunciou o ministério em comunicado.
"Na componente tecnológica, espera-se que com a nova rede de transmissão digital da TMT [operador público da rede de televisão digital], os telespetadores, além das emissões nacionais de televisão, possam assistir a emissões locais, 24 horas por dia, em português e nas suas próprias línguas", afirmou Carlos Mesquita, titular da pasta dos Transportes e Comunicações.
A televisão digital constitui uma nova ferramenta para o desenvolvimento social e da democracia, uma vez que permite que os cidadãos participem na produção de conteúdos, acrescentou.
A China apoia a migração e o embaixador em Maputo, Su Jian, considerou que a concretização do projeto vai contribuir para a melhoria das condições de acesso da população moçambicana a informação e programas de qualidade.
"A China vai financiar e fazer o projeto de televisão rural de satélite em 500 aldeias moçambicanas, sendo que os governos de ambos os países estão a cooperar nas áreas de intercâmbio de técnicos, formação profissional e troca de programas", frisou o diplomata chinês.
Por sua vez, Jaime Cuambe, presidente do Conselho de Administração da TVM, afirmou que o canal deve refletir sobre as melhores formas de maximizar o equipamento moderno com que passará a contar.
"O complexo foi concebido para integrar e pôr em prática as mais recentes tecnologias de comunicação, tais como a televisão digital e a televisão interativa e a construção de três novos estúdios, com 300, 200 e 100 metros quadrados", disse Jaime Cuambe.
