O Auditório de Espinho revelou hoje que a sua programação até março inclui teatro, fotografia, clássica e músicas do mundo pelo português Júlio Pereira, o israelita Adam Ben Ezra e o grupo do Níger "Les Filles de Illighadad".
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No que se refere a teatro, o palco do auditório irá repartir-se pela encenação de "O senhor Ibrahim e as flores do Alcorão", da companhia Seiva Trupe, e por dois espetáculos no âmbito do festival MarMarionetas, nomeadamente "O Circo de Madeira", da companhia checa Karromato, e "A última dança de Brigitte", da espanhola Zero en Conducta.
Os destaques musicais internacionais da programação são "Les filles de Illighadad" - banda do Níger reputada pela sua sonoridade tuareg e pelo facto de incluir na sua formação "uma das duas únicas mulheres desse país que sabem tocar guitarra" - e ainda o contrabaixista israelita Adam Ben Ezra, que se vem afirmando no YouTube e em palco como compositor e intérprete de jazz, rock e world music.
A representação portuguesa na programação caberá, por sua vez, a dois outros artistas: o guitarrista André Fernandes, que, já consagrado pelo seu trabalho com diversos "jazzmen" nacionais e estrangeiros, apresenta agora em Espinho o seu novo grupo "Centauri"; e o multi-instrumentista Júlio Pereira, que, sendo uma referência da música tradicional lusa, apresenta agora aquele que é o seu 22.º disco - e o primeiro em que executa o braguinha, parente madeirense do cavaquinho.
Até março, o Auditório exibirá ainda o filme-concerto "Fantômas", em que as violinistas islandesas Amiina - que antes asseguravam a secção de cordas dos Sigur Rós - interpretam ao vivo a banda-sonora que escrevera para o filme de 1913 de Louis Feuillade.
Dois outros concertos para apreciar até março: "A voz do alto", em que a Orquestra de Jazz de Espinho se associa ao saxofone de Ricardo Toscano para interpretar temas celebrizados por Jonnhy Hodges, Charlie Parker, Cannonball Adderley, Art Pepper e Ornette Coleman; e o concerto da Orquestra Clássica de Espinho com Pedro Ribeiro no oboé e o repertório de Peter Strauss e Dvorák associado ao Romantismo tardio.
Finalmente, no caso da fotografia, a mostra a inaugurar esta sexta-feira no 'foyer' do edifício tem autoria de Miguel Refresco e até 24 de março exibirá imagens da região dos Balcãs, enquanto ponto de confluência de "habitantes, turistas e vestígios de um conflito que parece cada vez mais distante".
