O crime de espionagem pode ser punido na Rússia com penas de 10 a 20 anos de prisão.
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A Justiça russa decretou esta quinta-feira dois meses de detenção para o jornalista americano, Evan Gershkovich, do jornal The Wall Street Journal. Gershkovich é acusado de "espionagem", um caso sem precedentes na história recente do país e que gerou a "preocupação" dos Estados Unidos.
"Por decisão do tribunal de Lefortovo de Moscovo em 30 de março de 2023 sobre Gershkovich E. (...), foi escolhida uma medida preventiva de detenção (...) até 29 de maio de 2023", disse o tribunal em comunicado. A detenção pode ser prolongada no final desse período.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo indicou que "frustrou as atividades ilegais do cidadão americano Evan Gershkovich (...) correspondente em Moscovo do jornal americano The Wall Street Journal", a quem acusa de "espionar para o governo dos EUA" . O Kremlin garantiu, sem revelar detalhes, que Evan Gershkovich foi "apanhado em flagrante".
O jornalista declarou-se inocente das acusações, segundo a agência oficial russa TASS.
O Wall Street Journal, que afirmou estar "profundamente preocupado com a segurança" de Gershkovich, negou as acusações contra o repórter e pediu a sua "libertação imediata".
Antes de trabalhar para o Wall Street Journal, onde está desde desde 2022, Gershkovich, que fala russo com fluência - nasceu na então União Soviética -, trabalhou para a AFP em Moscovo e, anteriormente, para o The Moscow Times, um site de notícias em inglês. A sua família emigrou da Rússia para os Estados Unidos quando ele era criança.
O crime de espionagem pode ser punido na Rússia com penas de 10 a 20 anos de prisão.
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