Tribunal francês aplicou a Rui Pinto seis meses de prisão com pena suspensa por ter andado a “inspecionar” e-mails do Paris Saint-Germain. O hacker português reagiu nas redes sociais.
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Rui Pinto ficou ontem a saber que foi condenado pela justiça francesa a seis meses de prisão com pena suspensa, por aceder ilegalmente a e-mails do PSG. E esta quinta-feira recorreu às redes sociais para elogiar a forma "célere" como se resolveu "um incómodo" e criticou o "sistema judicial arcaico" de Portugal.
"Uma viagem muito proveitosa. Em França encontrei um sistema judicial de primeira linha, anos-luz à frente do nosso sistema arcaico. De forma célere resolveu-se um incómodo e está dado o mote para a intensificação da colaboração com as autoridades Francesas", escreveu o pirata informático.
Rui Pinto, o português que esteve na origem do processo Football Leaks, foi condenado a seis meses de prisão, com pena suspensa, pelo Tribunal Judiciário de Paris, por aceder ilegalmente a e-mails do clube francês, onde atuam Danilo, Vitinha, Gonçalo Ramos e Nuno Mendes.
O juiz concordou com a pena pedida pelo Ministério Público francês, durante uma audiência preliminar de admissão de culpabilidade, que também foi aceite por Rui Pinto, de 35 anos, responsável pela divulgação de informação privada que abalou os alicerces do futebol mundial.
“Aceito os factos de que sou acusado. Não encontro razão para prolongar mais o julgamento. Já estou há cinco anos envolvido em burocracia judicial em Portugal por factos que podem ser semelhantes àqueles pelos quais estou aqui presente”, afirmou o português, em tribunal.
Rui Pinto foi condenado por aceder e extrair dados de forma ilegal das caixas de correio eletrónico do diretor financeiro do PSG, do diretor-geral adjunto e de um assistente de gestão do bicampeão francês, entre 2015 e 2019, a partir de França, Portugal e Hungria.
Em Portugal, Rui Pinto estava acusado e mais de 90 crimes, mas a amnistia papal “perdoou-lhe” quase 80 crimes, alegadamente cometidos quando ainda não tinha 30 anos.