Palavras da advogada. Central vai ser ouvido em primeiro interrogatório judicial depois de detido por violência doméstica
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O internacional português Rúben Semedo foi detido, na madrugada de ontem, sob acusação de violência doméstica, e chegou ao Tribunal da Amadora esta manhã, para primeiro interrogatório judicial. Cândida Henriques, advogada, afirmou que o jogador está "triste, desgastado com o processo e que vai colaborar com a justiça".
A Polícia de Segurança Pública (PSP), recorde-se, revelou, em comunicado, a detenção de um indivíduo, de 30 anos, pelo crime de violência doméstica, embora sem identificar a sua identidade, mas mais tarde foi confirmado que se tratava do defesa-central do Al Khor, do Catar.
O defesa foi detido na sua residência, por volta das três horas da madrugada. Para a PSP, a vítima, igualmente de 30 anos, foi alvo de “agressões e ameaças pelo seu companheiro, ficando posteriormente retida na residência do suspeito durante algumas horas até conseguir deslocar-se a uma esquadra” policial, onde “apresentou denúncia”. Ainda de acordo com informações policiais, “a vítima apresentava vários hematomas visíveis, pelo que foram acionados os meios de emergência, tendo a mesma recebido tratamento hospitalar”.
A carreira de Rúben Semedo tem sido marcada por episódios e acusações criminais. Em Espanha, quando representava o Villarreal, na época 2017/18, o defesa-central foi detido em três ocasiões. No caso mais grave, foi acusado de agressão, detenção ilegal e roubo, ficando em prisão preventiva durante 142 dias, e saindo em liberdade após o pagamento de uma caução de 30 mil euros. Na Grécia, quando vestia a camisola do Olympiacos pela segunda época, o defesa foi acusado de violação de uma menor de 17 anos, mas a justiça grega não encontrou provas suficientes e ilibou o jogador, que em Portugal representou, enquanto sénior, Sporting, FC Porto, V. Setúbal e Rio Ave.