Primeiro-ministro felicita Papa Leão XIV e deseja-lhe pontificado pleno de luz e humanismo
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, felicitou esta quinta-feira o novo Papa Leão XIV e desejou-lhe um pontificado pleno de luz, humanismo e universalismo, promovendo a paz e a compreensão num contexto internacional de instabilidade e de incerteza
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Esta reação de Luís Montenegro foi publicada na sua conta oficial na rede social X (antigo Twiiter), depois de a Santa Sé ter anunciado que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de Chicago, foi eleito Papa pelos 133 cardeais reunidos no Vaticano, tendo assumido o nome de Leão XIV.
“Felicito Sua Santidade o Papa Leão XIV pela eleição e desejo um pontificado pleno de luz, humanismo e universalismo. Felicito os católicos portugueses e os católicos de todo o mundo”, escreveu o primeiro-ministro português.
A seguir, Luís Montenegro referiu-se à atual conjuntura mundial, afirmando esperar que “nesta hora internacional de grande instabilidade e incerteza, o Papa Leão XIV e a Santa Sé possam ser ouvidos na promoção da paz, da empatia, da compaixão e da compreensão entre todos”.
Os cardeais reunidos na Capela Sistina elegeram o 267.º bispo de Roma e também líder da Igreja Católica no segundo dia do conclave.
Robert Francis Prevost, de 69 anos, é o primeiro norte-americano a ser eleito Papa.
Montenegro destaca “significado político” da escolha de um papa norte-americano
O líder da AD e primeiro-ministro destacou hoje o “significado político” da escolha de um cardeal norte-americano, Robert Francis Prevost, para novo Papa e salientou que o nome Leão XIV indicia uma vocação para o trabalho social.
Luís Montenegro falava aos jornalistas em Santarém, antes de uma iniciativa de campanha da AD – Coligação PSD/CDS-PP, e depois de já ter publicado uma nota de felicitações ao novo papa na sua conta oficial como primeiro-ministro na rede social X.
“Creio que a escolha tem significado político, tem significado social e a minha expectativa é de que agora se possa concretizar num pontificado cheio de intervenção positiva, independentemente dos credos de todos aqueles que professam outras fés”, afirmou, alertando que “a Igreja Católica não se esgota apenas nos seus fiéis”.
O líder do PSD saudou de forma especial “os católicos portugueses, os católicos que professam essa fé em todo o mundo”, mas sublinhou que uma das marcas que o anterior Papa Francisco “foi precisamente o diálogo inter-religioso”.
“Estou convencido de que esta escolha vai seguir esse caminho, que é um caminho de encontro, de convergência, de paz”, disse.
Questionado se quando fala em significado político se refere à nacionalidade do papa, respondeu afirmativamente.
“Eu creio que sim, não serei agora eu a interpretar com a maior profundidade a escolha, não faltarão personalidades a poder fazê-lo com propriedade e conhecimento, mas não me custa reconhecer que vejo também aqui esse simbolismo de ser um Papa norte-americano”, disse.
Por outro lado, salientou que a escolha do nome Leão XIV “indicia uma vocação para o trabalho social”.
“Se há hoje desafio que todos aqueles que têm na palavra a possibilidade de influenciar a reflexão e a decisão de todos os agentes políticos e de todos os povos, é a procura da paz”, disse.
Montenegro defendeu que a Igreja Católica foi sempre “um farol de alerta para a necessidade de salvaguardar os mais pobres, os mais indefesos”, as vítimas de guerras.
“Parece-me uma escolha alinhada com o propósito da aproximação, da valorização do encontro entre os propósitos políticos que, embora sendo muitas vezes confrontantes, devem salvaguardar o que é mais importante, que é a paz, que é a capacidade de reunião na promoção dos valores fundamentais da solidariedade, do respeito, da empatia, da compaixão, do combate à pobreza e do apoio aos mais fragilizados da sociedade”, completou.