O Fundo de Investimento Público Saudita (PIF) está a investir no setor petrolífero na Europa, mas também no futebol e outras áreas de atividade. Também há empresas estatais da China com interesses.
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Petromonarquias árabes e empresas estatais da China estão a sondar a Europa em busca de oportunidades de compra de ativos cujos preços caíram a pique devido ao colapso económico resultante da pandemia da covid-19. Investidores sauditas, através do Fundo de Investimento Público Saudita (PIF), têm investido muito dinheiro no setor petrolífero europeu.
Segundo o The Wall Street Journal, o PIF investiu mil milhões de euros na Shell, na Total, na Equinor e na Eni. O Financial Times acrescenta ainda o nome da Repsol aos investimentos realizados nas últimas semanas.
No entanto, a Repsol pertence a um dos setores estratégicos que o Governo espanhol decidiu proteger de eventuais ofertas estrangeiras hostis, após ter declarado estado de emergência. Uma medida, refira-se, em conformidade as recomendações da Comissão Europeia, que no mês passado instou os Estados-membros a tomarem todas as medidas necessárias para preservar os ativos estratégicos e a tecnologia dos investidores não comunitários.
Além do petróleo, o PIF está interessado noutros setores de atividade na Europa. No futebol, por exemplo, o Newcastle foi recentemente comprado por este fundo de investimento saudita e há também interesse em indústrias ligadas à tecnologia e medicina, refere o Financial Times.
Segundo o jornal britânico, outra empresa que também procura ativamente oportunidades na Europa é o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala, o principal acionista da companhia petrolífera espanhola Cepsa.
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