Pedro Nuno Santos diz que eleições "o mais depressa possível" são única forma de clarificação
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu esta quarta-feira que eleições legislativas antecipadas são “a única forma” de clarificar a situação política em Portugal e que devem acontecer “o mais depressa possível”
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À saída da audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Nuno Santos, disse esperar pela decisão do chefe de Estado e sublinhou que as eleições não eram o cenário “desejável para ninguém”, mas neste momento são a “única forma” de clarificar a situação política em Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa recebe hoje todos os partidos com assento parlamentar, na sequência da demissão do Governo PSD/CDS-PP causada pelo chumbo da moção de confiança ao executivo.
Pedro Nuno não comenta trabalho da PGR e aguarda com “cautela, prudência e respeito”
O líder do PS recusou comentar a abertura pelo Ministério Público de uma averiguação preventiva relacionada com o primeiro-ministro e a empresa familiar, aguardando “com cautela, prudência e respeito” o trabalho das outras instituições do Estado.
À saída de uma audiência de pouco mais de meia hora com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas sobre o anúncio feito minutos antes pelo procurador-geral da República de que o Ministério Público abriu uma averiguação preventiva relacionada com o primeiro-ministro e com a empresa Spinumviva.
“Eu não tenho nenhum comentário a fazer ao trabalho que a PGR fará. Nós temos que aguardar com cautela, com prudência e respeito pelo trabalho que as outras instituições do nosso Estado de direito democrático terão de fazer”, disse apenas.
Para o líder do PS, é importante restituir “a confiança dos portugueses no primeiro-ministro, no Governo”.
“O PS, eu próprio, estamos preparados para esta nova fase da vida política portuguesa. É um partido com uma grande experiência governativa, que também aprende com aquilo que correu bem, com aquilo que correu mal”, assegurou.
À saída do Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, onde decorre um colóquio de Direito Penal, Amadeu Guerra explicou que foram recebidas três queixas relacionadas com a empresa da família do primeiro-ministro.
Esta averiguação preventiva tem como objetivo avaliar se existem elementos para avançar com a abertura de um inquérito.
Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República já tinha anunciado ter recebido uma denúncia anónima.
A informação surge um dia depois da queda do Governo, na sequência do ‘chumbo’ da moção de confiança apresentada pelo executivo de Luís Montenegro.