O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, esteve no local a acompanhar a situação na fase em que ameaça entrar no período mais crítico e transmitiu uma mensagem de tranquilidade à população.
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O rio Douro subiu 1,20 metros e entrou quase 30 metros pela Praça da Ribeira, no Porto, até às 22:30, momento em que atingiu a maré cheia. Quando atingiu a maré cheia, o rio Douro quase cobre a Praça da Ribeira, tendo o limite de segurança sido alargado por duas vezes desde que, cerca das 18:00, galgou pela primeira vez as margens do lado portuense.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, esteve no local a acompanhar a situação na fase em que ameaça entrar no período mais crítico e transmitiu uma mensagem de tranquilidade à população.
"Temos todos os recursos municipais há 24 horas a trabalhar. Estivemos à altura das necessidades da população e queremos, principalmente, que as pessoas não corram riscos. Que se deixem estar em casa sossegadas que as nossas equipas cá estão para tratar do que for preciso", garantiu.
Dando conta de um contacto da parte do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, dirigido aos autarcas do Porto e de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vitor Rodrigues, Rui Moreira disse que o governante os informou do que "estava a acontecer com as descargas das barragens", além de que manifestou solidariedade.
"É sempre de saudar quando um governante, que também é do Porto, se preocupa com o que se está aqui a passar", observou o presidente da Câmara do Porto, destacando que em matéria de alertas, o município se "antecipou à Proteção Civil nacional e à capitania", numa intervenção que até incluiu "megafones em Miragaia".
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E prosseguiu: "Cuidámos da população, do seu comércio, fizemos muitos transportes e tivemos cuidados com os automóveis, sendo que nenhum deles ficou danificado".
Com um drone ao lado -- no chão da praça - pronto a ser utilizado pela Proteção Civil, o autarca explicou que se destina "a verificar estruturas que estão agora submersas, principalmente os cabeços que seguram os barcos".
Devido ao avançar das águas, um hotel de luxo situado na praça ficou com a receção, sala de estar e a cave inundadas.
A passagem da depressão Elsa provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou perto de 80 pessoas desalojadas, registando-se entre quarta-feira e hoje cerca de 8.500 ocorrências no continente português, na sua maioria inundações e quedas de árvore, envolvendo cerca de 25 mil operacionais.