Marco Galinha desmente passivo de 50 milhões e apresenta propostas de compra para O JOGO e JN

Marco Galinha desmentiu, nesta quinta-feira, que o Global Media Group (GMG) tenha um passivo de 50 milhões de euros e que tenham sido escondidos milhões de euros em dívidas ao World Opportunity Fund (WOF), acionista que controla o GMG.

Marco Galinha, juntamente com outros empresários portugueses, fez uma proposta pela aquisição do "Jornal de Notícias" e "O Jogo" por 12 milhões de euros, assumindo nesse pacote as dívidas fiscais do grupo, sabe o JN junto de fonte oficial. Esta operação envolveria um aumento de capital no GMG, com este grupo a assumir o controlo de 51% do GMG, mas ainda não houve uma resposta por parte da atual liderança do grupo.

NOTÍCIA COMPLETA EM WWW.JN.PT

COMUNICADO NA ÍNTEGRA

"Comunicado de Imprensa

Esclarecimento de Marco Galinha sobre a situação do Global Media Group

Enquanto CEO do Grupo BEL e anterior presidente da Comissão Executiva do Global Media
Group, estive esta semana na Assembleia da República a convite da Comissão de Cultura,
Comunicação, Juventude e Desporto, para prestar todas as informações que me foram
solicitadas sobre a difícil e preocupante situação que o Global Media Group atravessa.
Importa reforçar e esclarecer os seguintes pontos:
• Em cerca de três anos, investi 16 milhões no Global Media Group convicto da
excelência daquele projeto e da sua importância para o fortalecimento da
comunicação social e da própria língua portuguesa;
• O Global Media Group não tem um passivo de 50 milhões de euros e é falso que
tenham surgido mais cinco milhões de euros de dívidas em faturas para além do que
já tinha sido identificado durante a due diligence realizada pelo WOF;
• Durante o período em que exerci o cargo de presidente da Comissão Executiva do
GMG, em nenhum momento se verificou uma situação de salários em atraso e sempre
cumprimos com todas as obrigações para com os colaboradores do grupo;
• Pelo sentido de responsabilidade social e empresarial que sempre tivemos, quando o
novo acionista começou por incumprir as suas responsabilidades, fomos nós que
adiantámos as verbas necessárias para garantir o cumprimento dos primeiros dois
meses da massa salarial de todo o grupo;
• Tendo-se continuado a verificar diversos incumprimentos por parte do novo acionista,
decidimos já acionar todos os mecanismos legais e judiciais em defesa dos contratos
assinados entre a WOF e as Páginas civilizadas.

Perante os deputados, foi assumida a minha disponibilidade para fazer parte da solução deste problema e, inclusive, transmitida a informação de que apresentei uma proposta que permitiria resolver no imediato algumas das situações mais urgentes, não tendo até ao momento obtido qualquer resposta. Na casa da democracia lembrei mais uma vez o cenário complexo que a equipa que dirijo encontrou quando chegámos ao GMG e o trabalho que foi feito para pagar a dívida à banca, devolver o histórico Diário de Notícias às bancas entre outros atos de gestão absolutamente indispensáveis para garantir a viabilidade e sustentabilidade do grupo.

Reitero a minha disponibilidade para contribuir para uma solução e manifesto toda a minha solidariedade para com todos os jornalistas e todos os trabalhadores do Global Media Group, que se contam entre alguns dos melhores profissionais e pessoas com que me cruzei na minha vida empresarial.

11 de janeiro de 2024
Marco Galinha, CEO e Fundador do Grupo BEL"