As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) devem retomar no domingo as ligações à cidade da Beira, depois de o ciclone Idai ter provocado pesados estragos na região, que atingiram também o aeroporto, disse hoje à Lusa fonte oficial.
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A falta de energia elétrica e os danos nos sistemas de comunicações e meteorologia impediram a LAM de retomar os voos desde sexta-feira, tal como estava previsto, referiu a mesma fonte da companhia.
As previsões baseadas nos trabalhos em curso pelas autoridades aeroportuárias apontam para uma possível retoma dos voos no domingo.
A cidade da Beira, uma das zonas mais destruídas na madrugada de sexta-feira pelo ciclone Idai (sobretudo nos bairros precários), está isolada, uma vez que permanece sem ligações fiáveis de energia e comunicações e a principal estrada que a liga ao resto do país tem um troço submerso.
Várias povoações das províncias de Sofala e Manica estão inundadas devido ao aumento do caudal de rios e há milhares de pessoas desalojadas.
Dezanove pessoas morreram por afogamento, eletrocutadas ou em casas que desabaram na província de Sofala, devido ao ciclone Idai, segundo um balanço provisório feito pelas autoridades moçambicanas na sexta-feira, mas o número poderá aumentar com base em relatos de outras fontes.
Esta é foi a segunda grande intempérie da época ciclónica que ameaça Moçambique no princípio de cada ano: pelo menos 15 pessoas já tinham morrido entre 06 e 13 de março.
As Nações Unidas estimam que haja 600.000 pessoas afetadas no centro e norte de Moçambique, por terem ficado sem casa, alimentos e outros bens, ou por perderem o acesso a campos para cultivar e a serviços básicos.
Mais de um terço da população afetada são crianças.
Os maiores problemas para a assistência humanitária incluem agora o restabelecimento de linhas de comunicação na área inundada da região de Sofala, bem como o acesso de equipas humanitárias às áreas de desastre.
