João Paulo Rebelo dedica ingresso na política ao "humanista e pacifista" Jorge Sampaio
Secretário de Estado enalteceu, no Jamor, a personalidade e a filantropia do antigo e malogrado Presidente da Republica, que viu como exemplo a seguir
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O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, homenageou, esta sexta-feira, Jorge Sampaio, antigo Presidente da República, durante a apresentação da Semana Europeia do Desporto, no Jamor, onde foi cumprido um minuto de silêncio.
"Se hoje estou aqui a dirigir-vos estas palavras, enquanto secretario de Estado da Juventude e do Desporto, também Jorge Sampaio teve uma influência nisto. Quando era jovem, tive em Jorge Sampaio uma referência, um exemplo, um homem que era humanista, progressista, pacifista. Alguém que foi tão importante que me fez integrar uma atividade política e partidária", afirmou, após a homenagem coletiva na pista de atletismo do Centro de Alto Rendimento do Jamor.
Lembrando que o antigo Presidente da República, que morreu esta sexta-feira, aos 81 anos, "não era um desportista", João Paulo Rebelo enalteceu a sua condição de, pelo menos, "amante do desporto", sobretudo português.
"Ainda hoje estava a ver algumas entidades desportivas a homenageá-lo e também se referiram a ele com um entusiástico sportinguista. Portanto, durante alguns anos, na modalidade do futebol, um sofredor, mas morreu campeão. Desse ponto de vista, cumpriu seguramente uma vontade que tinha", referiu o governante.
Pegando no exemplo de Jorge Sampaio, que "não sendo um homem do desporto", o secretário de Estado defendeu que o antigo Presidente da República representava "os valores que o desporto em si mesmo encerra".
"Porque o desporto promove a paz, aproxima povos, inclui, promove a inclusão, igualdade e humanismo. É uma atividade profundamente humanista, diria, e, portanto, o minuto de silêncio que hoje se fez a Jorge Sampaio encaixa muito bem nesta apresentação da Semana Europeia do Desporto", sublinhou João Paulo Rebelo.
Jorge Sampaio, que foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1996 e 2006, morreu hoje, no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, onde estava internado desde 27 de agosto, devido a dificuldades respiratórias.