A Polícia Judiciária (PJ) deteve um incendiário reincidente por suspeita de ter ateado um incêndio florestal no domingo, em Águeda, informou esta terça-feira aquele órgão de polícia criminal
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Em comunicado, a PJ esclareceu que deteve, fora de flagrante delito, o presumível autor de um incêndio florestal ocorrido na tarde de domingo, na freguesia de Belazaima do Chão, concelho de Águeda, no distrito de Aveiro.
A PJ refere que o suspeito, que foi detido com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural, (ICNF, GNR e PJ), tem antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, tendo já cumprido duas penas de prisão efetiva.
De acordo com a investigação, o suspeito terá ateado o fogo através do recurso a chama direta, em zona com bastante vegetação rasteira e seca inserida em mancha florestal de elevada dimensão, existindo ainda nas imediações diversas habitações e outras edificações.
A Judiciária realça que o incêndio só não assumiu proporções de maior gravidade porque foi detetado perto do seu início e dado o alerta de imediato, o que permitiu um combate rápido e eficaz.
“Não foi possível determinar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos em investigação, sendo a atuação alicerçada num possível quadro de alcoolismo e uma forte compulsividade para a prática deste tipo de crime”, refere a mesma nota.
Segundo a PJ, o detido, de 37 anos, vai ser presente às autoridades judiciárias, na comarca de Aveiro, para primeiro interrogatório judicial de arguido detido e aplicação das medidas de coação.
Homem detido em Chaves por queima que originou fogo florestal
Um homem de 43 anos foi detido em flagrante por ter feito uma queimada que deu origem a um incêndio florestal, na sexta-feira em Faiões, no concelho de Chaves, anunciou esta terça-feira a GNR.
“A detenção ocorreu na sequência de um incêndio florestal, que deflagrou naquele concelho, tendo os militares da Guarda desenvolvido diligências policiais que permitiram apurar que o incêndio teve origem numa queima para derreter fios de cobre”, lê-se num comunicado hoje divulgado pela GNR.
O homem foi constituído arguido.
Além da detenção, a GNR apreendeu um isqueiro e 50 metros de cobre.
Dados da GNR, divulgados no sábado, indicam que 36 pessoas foram detidas este ano em flagrante delito pelo crime de fogo florestal e 525 foram identificadas, tendo sido registados 2.979 crimes de incêndio.
Até 31 de julho, os distritos com maior número de detenções foram Vila Real (8), Porto (7), Guarda (5), Braga (4) e Leiria (4).
Ainda de acordo com a GNR, este ano foram sinalizadas, em todo país, 10.417 situações de falta de limpeza de terrenos.
A GNR recorda que “as queimas e queimadas são das principais causas de incêndios em Portugal”, sendo a realização das mesmas proibida “sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural ‘muito elevado’ ou ‘máximo’, estando dependente de autorização ou de comunicação prévia noutros períodos”.
Cerca de 150 concelhos do interior Norte e Centro e dois do Algarve estão hoje sob risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com o IPMA, estão sob risco máximo de incêndio todos os concelhos dos distritos de Bragança, Guarda e Viseu, assim como a maioria nos distritos de Vila Real, Porto, Braga e Castelo Branco.
Estão ainda sob risco máximo dezenas de municípios dos distritos de Viana do Viana do Castelo, Coimbra, Aveiro, Santarém, Leiria, Portalegre e Faro.
Em risco muito elevado estão cerca de 40 concelhos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Portalegre, Beja e Faro.
Portugal continental está desde domingo e até quinta-feira em situação de alerta, devido ao elevado risco de incêndio, anunciou no sábado a ministra da Administração Interna.