Greve geral: Leitão Amaro fala em adesão "inexpressiva". Sindicatos apontam para 90%

Impacto da greve geral nos transportes da cidade do Porto
Carlos Carneiro
Escolas fecharam em todo o país, paralisação na CP é de 100% e, na saúde, milhares de cirurgias, consultas e exames foram adiados
Portugal acordou esta quinta-feira para uma esperada greve geral que encerrou escolas em todo o país, paralisou praticamente todos os transportes públicos e causou entraves à saúde, com consultas, exames e cirurgias canceladas por falta de médicos e enfermeiros. Até serviços de notícias como a agência Lusa estão parados.
CGTP e UGT falam numa "adesão histórica" que dizem rondar os 90%. Já António Leitão Amaro, ministro da presidência, garante que "o país escolheu trabalhar"e aponta para uma adesão "inexpressiva".
Segundo o ministro, no setor privado e social a paralisação varia entre os 0% aos 10%. "Se olharmos para as adesões esta parece mais uma greve da função pública, parcial de alguns setores da função pública", afirmou no final do Conselho de Ministros.
Mesmo assim, nenhum comboio da CP partiu viagem, vários voos foram cancelados e as linhas de autocarro estão a funcionar em serviços mínimos.
Os hospitais de São João, no Porto, e Santa Maria e Francisco Xavier, em Lisboa, a adesão durante o turno da noite oscilou entre os 90% e os 100%, e até no comércio e indústria há falta de gente. A Autoeuropa, maior fábrica do país, está fechada.
Em suma: há 13 anos que não existia uma greve desta envergadura, razão que já levou a UGT a admitir nova paralisação.

