Acompanhamento médico à distância fará a triagem. Há mais hospitais preparados
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As pessoas que tenham sintomas ligeiros e moderados, ou que suspeitem de eventual infeção do Covid-19, deverão permanecer nos seus domicílios, acompanhadas pelas equipas de saúde, que contactarão através da linha dedicada SNS24, esclareceu a responsável pela Direção Geral de Saúde (DGS), Graça Freitas, na conferência de imprensa diária promovida pelo organismo.
Realçando uma subida de 15 por cento dos casos de ontem para hoje - são agora 785, mais 143 do que ontem - referiu: "A maioria pode e deve ser seguida em casa", avisando que, "tratando-se de uma epidemia, a curva continua em crescendo". Nesse sentido, "vamos mudar um pouco a forma de atendimento, adotando um modelo que vai além dos hospitais de referência".
Assim, se os sintomas se tornarem mais fortes ou na própria triagem telefónica, as equipas médicas que os acompanham podem determinar o seu internamento, ao contrário das que, sendo de baixo risco, fazem o período da doença no domicílio, acompanhados à distância.
Graça Freitas apelou ainda aos comportamentos dos grupos de risco - idosos e pessoas com doenças crónicas, nomeadamente respiratórias - para se manterem em reclusão voluntária.
Questionada sobre a possibilidade de haver milhares de infetados não registados ou reconhecidos, Graça Freitas respondeu: "Sim, pode acontecer, porque é impossível sabermos, pois até haverá casos assintomáticos (infetados sem sintomas). Só saberemos à posteriori, quando fizermos colheitas de sangue. Há até pessoas que podem ter passado por esta fase e estarem curados. O que em termos de imunidade global é bom sinal".
A diretora do DGS anunciou ainda que a maior parte dos hospitais estão preparados e aptos a receber doentes, assim como estão a ser criadas áreas dedicadas nos centros de saúde.