Em janeiro, a Ucrânia já tinha sido visada por um ciberataque de grande amplitude contra vários sites governamentais, e as autoridades afirmaram então ter provas que implicavam a Rússia, mas Moscovo desmentiu as acusações.
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Um novo ciberataque visou vários sites oficiais ucranianos, tornando-os inacessíveis, anunciou o vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mikhailo Fiodorov.
O alto responsável governamental indicou que o ataque começou ao final da tarde na Ucrânia, perturbando o funcionamento dos sites na Internet de vários bancos e ministérios do país.
As páginas de entrada dos 'sites' dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e o do Conselho de Ministros estavam assim inacessíveis, constataram jornalistas da AFP.
Os sites em causa conseguiram "redirecionar o tráfego para um outro fornecedor de acesso para minimizar os prejuízos", assegurou Mikhailo Fiodorov.
A origem deste ataque não foi especificada.
Em janeiro, a Ucrânia já tinha sido visada por um ciberataque de grande amplitude contra vários sites governamentais, e as autoridades afirmaram então ter provas que implicavam a Rússia, mas Moscovo desmentiu as acusações.
Um ataque informático de grande amplitude visando as infraestruturas estratégicas ucranianas é um dos cenários evocados como prenúncio de uma ofensiva militar clássica.
A intensidade renovada da violência na frente leste da Ucrânia, teatro desde há oito anos de uma guerra com os separatistas apoiados pela Rússia, faz o ocidente acreditar numa iminente invasão russa.
O reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na segunda-feira, suscitou a condenação de generalidade dos países ocidentais, depois de cerca de dois meses de tensão devido à concentração de dezenas de milhares de tropas russas junto às fronteiras da Ucrânia.
Os separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, apoiados por Moscovo, entraram em guerra com as autoridades ucranianas em 2014, após a anexação da península da Crimeia pela Rússia.
Desde então, o conflito provocou mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados, segundo as Nações Unidas.
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