Vanessa Marques destaca-se no Racing Power: "A palavra 'craque' não está no meu vocabulário"
Com dois golos em quatro jogos, a presença de Vanessa Marques, médio de 27 anos, já se faz notar no Racing Power
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Vanessa Marques, médio de 27 anos, tem renovado provas de talento ao serviço do Racing Power. Em apenas um mês, a internacional portuguesa já deixou marca, ao assinar dois golos em apenas quatro jogos. Em entrevista exclusiva a O JOGO, Vanessa expressa a felicidade pela mudança para Lisboa, para a qual muito contribuiu a confiança do treinador, destaca a importância da postura humilde e partilha a visão sobre a diversidade no grupo, sublinhando a união entre as jogadoras.
A Vanessa soma dois golos em quatro jogos desde que se juntou ao Racing Power, há cerca de um mês. Esta mudança trouxe-lhe uma nova energia?
-Estou mesmo feliz por ter assinado até ao final da época pelo Racing; foi a melhor escolha. Os últimos jogos têm sido reflexo disso, enfrentámos equipas desafiantes e conseguimos dar respostas positivas. Considero-me mais uma jogadora para ajudar o grupo a alcançar os objetivos. Vou dar o melhor em campo, sempre com o coletivo acima do individual.
Chegou com a etiqueta de “craque”, considerando o currículo impressionante que tem. Como lida com a pressão associada às elevadas expectativas?
-A palavra “craque” não está no meu vocabulário. Independentemente das minhas conquistas e dos lugares por onde passei, não me vejo como superior ou inferior a ninguém. Sou uma pessoa humilde, simples, conheço as minhas raízes e mantenho os princípios que me foram transmitidos, e que nunca irei abandonar.
A internacional portuguesa sentia a necessidade de “voltar a ser o que era” e agradece a aposta feita pelo clube. Vanessa reencontrou-se com João Marques, “um treinador especial”, assume
Quais foram os elementos-chave que a levaram a escolher o Racing Power para dar continuidade à carreira?
-Queria expressar o meu agradecimento ao míster João Marques e ao Racing pelo interesse manifestado. Mesmo numa fase menos positiva, não hesitaram em apostar em mim. Sentia a necessidade de uma mudança na minha carreira, e o Racing Power revelou-se a equipa ideal. Precisava de voltar a ser feliz e ser a jogadora que era. Senti ser o momento adequado para dar um passo significativo e mudar-me para Lisboa em busca da minha felicidade.
Este seu reencontro com o treinador João Marques ocorre agora num contexto diferente, porém, sente que é um treinador que consegue extrair o melhor que a Vanessa pode dar?
-Conheço o míster João desde os tempos do Braga e entendo perfeitamente as suas dinâmicas, filosofia de jogo e expectativas em relação às jogadoras. O que é transmitido pelo míster é algo único e difícil de encontrar. Foi um treinador que tirou o melhor de mim e teve um papel crucial na minha carreira desportiva. A melhor forma de expressar a minha gratidão é através do desempenho que tenho vindo a demonstrar desde que cheguei ao clube.
“Mesmo numa fase menos positiva, o clube não hesitou em apostar em mim”
Como encara os objetivos do Racing Power e qual é o papel que espera desempenhar para contribuir para o sucesso da equipa?
-Somos um grupo humilde e trabalhador, com objetivos bem definidos e os pés bem assentes na terra. O meu papel passa por dar sempre o máximo em campo, evoluir diariamente, aprender com as minhas colegas e ajudá-las a melhorar.
O Racing Power tem no plantel jogadoras de sete nacionalidades diferentes. De que forma é que essa diversidade cultural influencia o espírito de equipa?
-É essencial estabelecer uma ligação entre as jogadoras e apoiarmo-nos umas às outras. Passamos bastante tempo juntas e sem essa ligação as coisas tornam-se mais complexas. É crucial ter este tipo de interações para compreendermos as diversas realidades e o percurso desportivo de cada uma, bem como a realidade nos respetivos países.