Selecionador dos Países Baixos alerta: "Inglaterra-Portugal foi um grande aviso para nós"
O responsável máximo pelo conjunto laranja, Andries Jonker, referia-se à igualdade a zero de Portugal no reduto da campeã europeia em título Inglaterra, num particular realizado a 1 de julho
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O selecionador da equipa feminina dos Países Baixos, Andries Jonker, afirmou este sábado que o recente empate de Portugal em Inglaterra foi um grande aviso para a estreia das neerlandesas no Mundial'2023.
"Portugal jogou muito bem em Inglaterra, muito organizado. Conseguiu equilibrar o jogo muito tempo e mereceu o empate. Foi um grande aviso para nós", frisou Jonker, em Dunedin, palco do embate de domingo entre Portugal e Países Baixos.
O responsável máximo pelo conjunto laranja referia-se à igualdade a zero de Portugal no reduto da campeã europeia em título Inglaterra, num particular realizado a 1 de julho.
De acordo com o técnico neerlandês, que assumiu o comando da seleção neerlandesa depois do Euro2022, Francisco Neto tem ao seu dispor uma "equipa de qualidade" e com algumas jogadoras que se destacam, "nomeadamente no ataque".
"Não fiquei feliz quando, no sorteio, nos saiu os Estados Unidos, mas também não fiquei feliz quando nos calhou o vencedor do play-off Intercontinental, pois já sabia que seria Portugal", disse ainda o técnico do conjunto laranja.
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As atenções estão todas concentradas no primeiro encontro, na estreia face à estreante formação lusa.
"O foco não está nos Estados Unidos [segundo adversário, na quinta-feira], de todo. Numa competição como esta, o primeiro jogo é muito importante", frisou o técnico de 60 anos.
Jonker elogiou Portugal, mas também deixou claro que, depois de ter "trabalhado muito", a formação neerlandesa "recuperou a autoconfiança" e tem jogado, com "bastante entusiasmo", um "futebol excelente".
"Com respeito por todos, penso que podemos bater qualquer equipa", disse, convicto, o técnico das vice-campeãs mundiais em título, agora uma equipa "imprevisível" na sua forma de jogar, podendo fazê-lo em "3-5-2" ou em "4-3-3".
Por seu lado, a média Sherida Spitse, que soma nada menos do que 216 internacionalizações AA pelos Países Baixos e um total de 44 golos, também elogiou Portugal, sobretudo o ataque.
"São muito boas ofensivamente, a número 10 [Jéssica Silva] é muito boa e toda a equipa quer jogar desde trás. Pode fazer muito com a bola", disse, adiantando que se pudesse tirar alguém da equipa portuguesa, retirava "as duas Silva" (Jéssica e Diana).
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Quanto às melhorias da equipa lusa, Sherida, de 33 anos, que vai com "orgulho" para um terceiro Mundial, avançou que não é um exclusivo de Portugal, já que o futebol feminino "evoluiu", o que se reflete também na redução das goleadas.
A finalizar, a experiente centrocampista falou da formação "laranja", afirmando que melhorou muito defensivamente e que as jogadoras estão muito mais bem preparadas fisicamente, "o que faltou no passado", atribuindo o mérito ao novo técnico.
O nono encontro entre Portugal e Países Baixos, da primeira ronda do Grupo E, está marcado para domingo, pelas 19h30 locais (8h30 em Lisboa), no Forsyth Barr Stadium, em Dunedin, na Nova Zelândia, com arbitragem da ucraniana Kateryna Monzul.