Mariana Malva, defesa do Varzim, fez parte das eleitas de Portugal no Europeu sub-17, em 2019, e sonha voltar à Seleção.
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Tem apenas 19 anos e já representou a Seleção Nacional no Europeu de sub-17. A cumprir a primeira época ao serviço do Varzim, após quatro anos em Braga, Mariana Malva reconhece que, a nível coletivo, a época não está a correr de feição, todavia, deixa a certeza de que o grupo poveiro "vai sempre lutar até ao último minuto".
O Varzim alcançou apenas uma vitória na fase regular da Liga BPI, frente ao Gil Vicente. O que se pode esperar da equipa na próxima fase, que será mais exigente e decisiva?
-Apesar dos resultados, o grupo tem que estar contente com as exibições. Por vezes, não refletiram o que foi realmente o jogo e tivemos pouca sorte. Desta fase seguinte, podem esperar a mesma coisa da primeira fase, uma equipa que, apesar de todas as adversidades, luta sempre até ao último minuto e deixa tudo em campo.
O clube tem um plantel relativamente jovem. Como caracteriza o grupo de trabalho?
-Sim, somos bastante jovens, mas muito animadas e trabalhadoras. Toda a gente se dá incrivelmente bem. Lutamos todos os dias para tirar o melhor proveito e orgulhar o clube. Só com este pensamento chegaremos longe.
A Mariana está a regressar de uma lesão. Como tem sido a recuperação?
-Penso que está a ser muito boa. Neste momento, no regresso, o meu objetivo é voltar à minha forma habitual e sinto que isso está a acontecer. Quero muito ajudar o Varzim e retribuir tudo o que têm feito por mim. Estou a evoluir muito.
Como surgiu a oportunidade de ser jogadora de futebol?
-O futebol nasceu comigo. Desde muito pequenina punha-me sempre a chutar uma bola contra a parede em casa da minha avó. Não parava quieta e só pedia bolas para jogar.
E reparou logo que tinha jeito para o futebol...
-Sim. Quando a minha mãe se apercebeu que era mesmo aquilo que eu queria e que até dava uns toques na bola, resolveu colocar-me numa escolinha de futebol. Como jogadora, sou raçuda, pausada e tenho uma boa visão de jogo.
Qual é o seu trajeto enquanto jogadora?
-O meu primeiro clube foi o Rio Ave, onde estive dos seis anos até aos nove. Depois, fui para o Macieira da Maia, que representei até aos 15 anos, sendo que, nestes anos todos, joguei sempre com rapazes. A minha experiência em equipas femininas começou quando fui jogar para o Amorim, na época 2017/18. Na temporada seguinte surgiu a oportunidade de ir para o Braga.
Qual foi o clube que mais a marcou?
-Eu não tenho apenas um clube que me marcou, mas sim dois. O Macieira da Maia marcou-me bastante, porque foram seis anos em que sempre fizeram de tudo para não me sentir excluída por ser rapariga. Existia um ambiente muito familiar. O outro clube que também me marcou bastante foi o Amorim, foi onde consegui evoluir e captar atenção de alguns clubes, fazendo com que fosse chamada à Seleção Nacional.
Fez parte das escolhidas para representar Portugal no Europeu de sub-17, em 2019. Como se sentiu ao vestir a camisola nacional pela primeira vez?
-É um sentimento inexplicável e é algo que todas as jogadoras deviam experienciar. Senti que estava nas nuvens e transbordei de orgulho ao representar Portugal e ao ouvir o hino, e logo numa grande competição.