Um ano após ter rumado ao Benfica, Lúcia Alves voltou a Valadares, por empréstimo. Esta época já soma três golos pela formação de Gaia, equipa que se estreou na Liga BPI na época 2017/2018.
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Com a ambição de regressar à sua melhor forma, a avançada Lúcia Alves, de 23 anos, contou a O JOGO a passagem pelo Benfica e o regresso ao Valadares, equipa da zona norte da Liga BPI.
Quando é que percebeu que o futebol seria o seu futuro?
- Comecei a jogar futebol em equipas mistas com seis anos. Como naquela altura não havia equipas de futebol feminino optei pelo futsal, onde estive três anos. Depois o Paredes - que foi o clube onde iniciei com os rapazes - criou o feminino e mudei para lá sem pensar duas vezes.
Quais são as principais diferenças entre as duas modalidades?
- O futsal é uma excelente escola para começarmos. Consegui evoluir a minha técnica. No futsal acho que a técnica é muito mais trabalhada. Já no futebol, são dados outros destaques à velocidade em distância e à visão de jogo. Por isso é que optei pelo futebol, a velocidade é a minha melhor característica.
Chegou à Liga BPI em 2017, pelo Valadares. Como é que foi a estreia no principal escalão?
-Quando surgiu a proposta nem pensei duas vezes. Fosse para a primeira ou para a segunda equipa, era uma grande oportunidade. Na altura era para a equipa B, mas o primeiro treino que fiz foi na equipa principal, e o míster Barreto gostou e disse que eu iria ficar na equipa A.
Foi o rendimento demonstrado no Valadares que despertou a atenção do Benfica na época passada?
- Quando chegamos ao primeiro escalão, o nosso objetivo é chegar cada vez mais longe e claro que o meu objetivo é conseguir atingir níveis profissionais. Quando nos preocupamos primeiro com a equipa, o individual acaba por sair. E isso despertou a atenção ao Benfica, que quer sempre os melhores.
Quando surgiu a proposta do Benfica, a sua vida teve de mudar. O que foi mais difícil?
-Quando surgiu a proposta do Benfica fiquei tão feliz que nem pensei nas dificuldades que podia ter a nível de adaptação. Mas quando cheguei a Lisboa percebi. As saudades foram o mais difícil de ultrapassar, principalmente por ser muito ligada à minha família.
"Este regresso não é uma descida, mas sim uma forma de ganhar impulso para me ajudar a crescer. E esta é a equipa certa"
Esta temporada, surgiu a oportunidade de regressar ao Valadares, por empréstimo do Benfica, sente que o regresso a pode ajudar a crescer?
-Tenho a certeza que ter voltado ao Valadares é para me ajudar a crescer e ganhar de novo confiança. É um passo atrás para dar dois em frente. Vejo isto não como uma descida, mas como uma forma de impulso para me ajudar a crescer sem parar. Tenho a certeza que a equipa do Valadares vai ajudar-me.
Esta época já tem três golos marcados. A goleadora está de volta?
- Não posso dizer já que a goleadora está de volta, mas acho que aos poucos vou ganhando a confiança que tinha. Agora vou jogando frequentemente e quero fazer muitos mais golos. Tenho a certeza que com as minhas colegas da equipa, com o trabalho coletivo, as coisas individualmente acabam por sair e eu vou fazer uma época boa.
A época ainda está no início, mas que objetivos traçou?
-A nível coletivo queremos atingir os primeiros quatro lugares. Acho que se atingirmos essa fase, que as coisas individualmente acabam por sair. Quero muito ajudar o Valadares, para depois voltar ao Benfica.