Lidiane, melhor marcadora do Damaiense, analisa o atual bom momento da equipa. Após um início agitado, a equipa encontrou, finalmente, o ritmo certo
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Após um início de temporada complicado, o Damaiense parece, finalmente, ter encontrado o seu caminho. Com uma vitória expressiva por 4-0 a abrir 2025, diante do Vilaverdense, fora de casa, a equipa de Tomás Tengarrinha soma agora três vitórias consecutivas na Liga BPI e exibe um crescimento evidente. No centro deste bom momento está Lidiane, a melhor marcadora do plantel, que tem sido uma das grandes responsáveis pela recuperação. Em conversa com O JOGO, a avançado de 20 anos falou sobre a evolução da equipa, o impacto do treinador, o seu próprio momento de forma e as pretensões para o resto da temporada.
Antes deste bom momento, com três vitórias seguidas, o Damaiense estava longe da forma desejada, com um triunfo, um empate e seis derrotas...
-A temporada não começou como esperávamos, é verdade. Mas sinto que a equipa tem vindo a melhorar a cada dia. Estamos a trabalhar muito e isso vai ajudar-nos a subir na tabela, que é o nosso objetivo. A primeira volta foi abaixo do que esperávamos, mas foi importante para aprendermos e estarmos mais preparadas para a segunda volta.
O que mudou para que a equipa esteja agora num ciclo positivo?
-Acredito que a mudança foi o nosso trabalho diário. As vitórias trazem-nos mais confiança e motivação para o que está por vir. A chave tem sido o trabalho, estamos fortes e unidas, sem dúvida alguma. Todas a remar para o mesmo lado, e isso tem sido fundamental.
Desde que Tomás Tengarrinha entrou para o comando, são sete jogos e quatro vitórias. Esta campanha positiva resulta do impacto do treinador?
-O impacto do Tomás tem sido muito bom. Em sete jogos, conseguimos quatro vitórias, e isso deve-se à clareza tática e à confiança que ele trouxe para o grupo. Tem-nos motivado todos os dias e criou um ambiente de trabalho muito focado, saudável e unido, o que tem sido essencial para esta fase boa.
O Damaiense marca poucos golos, tem apenas 14 na Liga BPI, mas também sofre poucos, 12 no caso. Como interpreta esse equilíbrio?
-O facto de sofrer poucos golos é, sem dúvida, um ponto positivo, mas não marcarmos muitos é algo que teremos de melhorar. No entanto, sinto que, depois deste último jogo, estamos a melhorar na finalização. Temos trabalhado para sermos mais eficazes na frente.
Até onde acreditam que podem chegar esta temporada?
-O objetivo é continuar em todas as competições, na Taça da Liga e na Taça de Portugal. Na Liga BPI, queremos subir cada vez mais na tabela. Estamos focadas em lutar até ao fim.
A nível individual, a Lidiane destaca-se como a melhor marcadora da equipa, com seis golos apontados. Já superou os números da época passada e ainda estamos a meio. Qual é o segredo para este desempenho?
-Não há propriamente um segredo. Para mim, o mais importante é ajudar a equipa, e marcar golos é uma forma de contribuir para isso, o que me deixa feliz. Tento manter a confiança e aproveitar ao máximo as oportunidades que surgem durante os jogos.
Este registo significa que está no seu melhor momento desde que chegou a Portugal e ao Damaiense?
-Fisicamente, sinto-me muito bem, preparada e focada. Já são muitos jogos desde o início da época, mas continuo a sentir-me forte e confiante. Acho que o trabalho diário tem sido fundamental para manter este nível.
Quais são as suas metas?
-A nível individual, quero marcar mais golos, porque isso significa que estou a ajudar o Damaiense. Além disso, tenho como objetivo continuar a melhorar e progredir como jogadora, aprender cada vez mais e crescer.
“Cada ponto conta numa Liga BPI mais competitiva do que nunca”
A Liga BPI 2024/25 tem-se mostrado uma das mais exigentes dos últimos anos, e Lidiane não tem dúvidas sobre o grande desafio que representa. “É uma edição muito complicada e disputada. Com três equipas a descerem diretamente para a segunda divisão e três vagas para a Liga dos Campeões, qualquer erro pode custar caro no final”, afirma. A jogadora sublinha ainda que a pressão está presente em cada jornada, seja na luta pela permanência, seja na procura por um lugar mais acima na tabela. “Não há margem para desconcentrações. Cada ponto conta e pode fazer toda a diferença quando chegarmos às fases decisivas da temporada”, remata.