Presidente da FA diz que Rubiales beijou jogadora inglesa na cara "com força"
A revelação fez parte do testemunho que Debbie Hewitt deu à FIFA, no âmbito das investigações à conduta no antigo presidente da RFEF na final do último Mundial feminino, em que beijou na boca a jogadora espanhola Jenni Hermoso
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No mesmo dia em que o comité disciplinar da FIFA atribuiu uma suspensão de três anos a Luis Rubiales, avisando que se sentiu “tentada” a aplicar-lhe sanções mais severas, chegou a público outro relato nada favorável para o antigo presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
Esse relato surgiu no âmbito da investigação conduzida pela FIFA ao comportamento do ex-dirigente, que se viu obrigado a demitir-se depois de ter dado um beijo na boca não consentido à jogadora espanhola Jenni Hermoso, nos festejos da conquista do último Mundial feminino.
De acordo com Debbie Hewitt, presidente da Associação de Futebol inglesa (FA), antes desse momento, Rubiales já havia sido “desagradável e desnecessariamente agressivo” enquanto esperava no túnel de acesso ao relvado pela cerimónia de entrega de medalhas.
Segundo a dirigente da Inglaterra, finalista vencida do torneio, Rubiales deu um beijo “com força” no rosto de Lucy Bronze, tendo ainda “acariciado a cara” de Laura Coombs, em dois gestos que não terão agradado as jogadoras.
"Ele [Rubiales] parecia descontente com a posição em que tinha sido colocado no alinhamento. O pessoal da FIFA disse-lhe para ficar onde estava e ficaram à nossa volta, para que o grupo de apresentação pudesse dirigir-se ao palco. O tom da sua voz, em resposta, foi desagradável e desnecessariamente agressivo. A equipa de Inglaterra subiu individualmente ao palco. Ele [Rubiales] apertou a mão de todas as jogadoras e tocou em algumas no braço à medida que iam passando. Ele tocou e acariciou o rosto da jogadora inglesa Laura Coombs, o que considerei um pouco estranho, e beijou à força o rosto da jogadora inglesa Lucy Bronze”, apontou.
Em reação, Rubiales considerou que o relato de Hewitt o retrata como “uma espécie de cretino”, qualificando-o de “absolutamente nojento”.