Triunfo sobre a congénere belga só veio confirmar o notável crescimento da Seleção Nacional feminina ao longo dos últimos anos. Depois da presença no Europeu de Inglaterra, as comandadas de Francisco Neto conseguiram três vitórias seguidas em jogos cruciais e, frente à Islândia, querem dar continuidade ao excelente trabalho que têm vindo a desenvolver.
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A vitória da Seleção Nacional contra a Bélgica, 19ª classificada no ranking da FIFA, permitiu dar mais um passo rumo a uma presença inédita na fase final de um Mundial e, acima de tudo, reforçou o período ascendente do futebol feminino português.
Depois de, em 2017, Portugal ter participado, pela primeira vez, na fase final de um Europeu (nos Países Baixos, a formação lusa ficou no último lugar do grupo D, atrás de Inglaterra, Espanha e Escócia, mas conseguiu um feito histórico, ao triunfar sobre as escocesas por 1-2, com golos de Carolina Mendes e Ana Leite), este ano, a equipa das Quinas disputou o Campeonato da Europa de Inglaterra, estando, pela segunda vez consecutiva, na fase final do certame continental. Apesar de ter ficado pela fase de grupos, a turma portuguesa exibiu-se a alto nível diante da Suíça (empate a duas bolas) e dos Países Baixos, que, na altura, eram os detentores do troféu.
Seguiram-se os dois últimos testes na fase de qualificação europeia para o Campeonato do Mundo e Portugal necessitava de vencer ambos os desafios para garantir o passaporte para o play-off. Dito e feito. O conjunto orientado por Francisco Neto derrotou a Sérvia em Stara Pazova e goleou a Turquia em Vizela, terminando na segunda posição do grupo H, atrás da Alemanha, vice-campeã europeia.
Ultrapassada a congénere belga na primeira ronda do play-off, as jogadoras portuguesas olham com legítimas aspirações para o duelo com a Islândia (14ª colocada no ranking da FIFA), marcado para terça-feira, no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira. E, como afirma o selecionador nacional, "só pode ficar surpreendido com o percurso da Seleção quem não a tem visto jogar".