Noruega: CGH, Reiten, Hegerberg e companhia querem repetir 1995 do outro lado do mundo
A turma nórdica foi a primeira seleção europeia a conquistar o Mundial de futebol feminino.
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Foi na vizinha Suécia, mais concretamente em Solna, que, a 18 de junho de 1995, a Noruega bateu a Alemanha por 2-0 - com golos de Hege Riise e Marianne Pettersen - e arrebatou a segunda edição do Campeonato do Mundo de futebol feminino, sucedendo aos Estados Unidos, que tinham saído com o título em 1991.
Volvidos 28 anos, a turma nórdica, que se tornou a primeira seleção da Europa a vencer o certame intercontinental, vai procurar, no Mundial deste ano, que se realizará na Austrália e na Nova Zelândia, entre 20 de julho e 20 de agosto, repetir o feito e triunfar, pela segunda vez, na competição.
Apesar de não chegar como favorita, a formação norueguesa, que é comandada, precisamente, por Hege Riise - a antiga jogadora que, em 1995, apontou o tento inaugural na final diante do conjunto germânico -, é, sem quaisquer dúvidas, uma das candidatas, quer pelo historial que apresenta - além do Campeonato do Mundo, ganhou o Europeu em duas ocasiões (1987 e 1993) e os Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália (2000) -, quer pelos nomes que, neste momento, possui no elenco.
Maren Mjelde (Chelsea), Frida Maanum (Arsenal), Ingrid Engen (Barcelona), Vilde Bøe Risa (Manchester United) e Emilie Haavi (Roma) são algumas das principais referências da Noruega, mas existem três futebolistas que estão num patamar de excelência: Caroline Graham Hansen, Guro Reiten e Ada Hegerberg.
Começando por Caroline Graham Hansen (CGH), a criativa, de 28 anos, alcançou um triplete pelo Barcelona na presente temporada - Liga dos Campeões, campeonato espanhol e Supertaça de Espanha -, sendo um elemento fundamental para o sucesso da equipa blaugrana (integrou, inclusive, o melhor onze da Champions).
Já a médio ofensivo Guro Reiten, de 28 anos, sagrou-se tetracampeã inglesa e levantou a Taça de Inglaterra - pela terceira vez consecutiva - com a camisola do Chelsea esta época, exibindo um registo pessoal assinalável: 13 remates certeiros e 19 assistências em 39 jogos pelas "blues" de Stamford Bridge.
Por fim, devido a uma lesão, Ada Hegerberg apenas realizou oito encontros pelo bicampeão francês Lyon esta temporada. Ainda assim, a avançado, de 27 anos, que já conquistou a Liga dos Campeões em seis ocasiões e que foi a primeira vencedora da Bola de Ouro feminina, em 2018, conseguiu marcar seis golos.
Inserida no Grupo A da fase final da nona edição do Campeonato do Mundo, juntamente com Nova Zelândia, Suíça e Filipinas, a Noruega disputará a partida de abertura da prova, frente à anfitriã neozelandesa. E caso as suas figuras de proa apareçam no máximo das capacidades ao longo do torneio, tudo pode acontecer.
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