Declarações em conferência de imprensa após o encontro Arsenal-Barcelona (1-0), da final da Liga dos Campeões feminina, disputada no Estádio José Alvalade
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Kim Little (capitã do Arsenal): “Sabíamos que tínhamos de ser perfeitas para vencer o Barcelona. A equipa esteve incrivelmente disciplinada e as substituições que fizemos acabaram por ter um impacto incrível na partida. Estou aqui há muito tempo. Já tivemos sucesso, mas nunca a este nível. A Liga dos Campeões é o principal troféu e vencemos. É o melhor momento da minha carreira. Eu acho que nós jogadoras ainda não percebemos que vencemos uma Liga dos Campeões. Estão a viver o momento. Mas, daqui a uns dias, vamos perceber que fizemos história e entrámos para a historia deste clube e do futebol europeu. Soubemos sofrer quando tivemos de sofrer, mas estivemos quase perfeitas”.
Renée Slegers (treinadora do Arsenal): “Muito orgulhosa das jogadoras. Cumpriram na perfeição o plano de jogo. Tinha de ser perfeito para conseguirmos vencer uma das melhores equipas da Europa nos últimos anos. Foi o jogo mais difícil que jogámos. Foi mesmo. Sofremos quando tivemos que sofrer, mas fomos perfeitas. Vencemos a Liga dos Campeões e o Barcelona depois de uma temporada muito difícil, em que tivemos alguns problemas. Mas, a partir de certa altura, começámos a acreditar que isto podia acontecer. Não éramos favoritas, mas fomos continuando na competição e hoje fomos gigantes. Fomos simplesmente incríveis”.
Pere Romeu (treinador do Barcelona): “O Arsenal assumiu mais a responsabilidade do jogo desde o início. Foi uma equipa muito forte, defenderam muito bem e tiveram muita mobilidade. Não fomos capazes de ter mais posse de bola, que era algo que queríamos muito. Tínhamos muito respeito pelo Arsenal. Fizeram uma excelente campanha e foram melhores. Numa final, tudo pode acontecer. Crescemos durante a partida, mas não o suficiente. Hoje, não jogámos o nosso melhor, mas estou muito orgulhoso da minha equipa”.
Stina Blackstenius (futebolista do Arsenal e autora do golo): “Tivemos muitos jogos complicados, mas já provámos muitas vezes que conseguimos dar a volta. Estou muito orgulhosa por aquilo que alcançámos. Estes são os momentos pelos quais jogamos e os jogos em que todas sonhamos estar”.
Beth Mead (futebolista do Arsenal): “A caminhada europeia foi incrível. Tivemos muitos altos e baixos, mas mostrámos muito caráter durante toda a época. Estou incrivelmente orgulhosa, mostrámos muita resiliência e ganhámos muitos jogos de várias maneiras diferentes. Merecemos este momento enquanto equipa. [Assistência para o golo] Sou experiente o suficiente para saber que podemos fazer a diferença de várias maneiras distintas. Entrei em campo com a Stina [Blackstenius] a pensar que podíamos fazer a diferença, penso que foi o que fizemos”.
Daphne van Domselaar (guarda-redes do Arsenal): “A nossa exibição foi muito boa. Tivemos muitos altos e baixos durante a temporada, mas mostrámos que podemos vencer toda a gente e só temos de acreditar em nós. Sabemos o que queremos fazer e estou muito feliz por não sofrer golos”.
Aitana Bonmatí (futebolista do Barcelona): “Faltou-nos marcar golos. Entrámos muitas vezes na área contrária, mudámos um pouco a dinâmica na segunda parte, mas faltou-nos materializar as oportunidades que tivemos”.
Cata Coll (guarda-redes do Barcelona): “A nossa primeira parte foi muito má e a segunda parte foi um pouco melhor. Tivemos várias ocasiões que não entraram e a que o Arsenal teve conseguiu marcar. Não é nada fácil chegar a várias finais em tantos anos seguidos. É um dia duro. Fizemos uma segunda parte muito boa. Tinha o objetivo de manter a baliza a zeros, mas não consegui. É futebol. Este ano lamentamos, mas voltaremos”.