Estádio José Alvalade lotado para a final da Champions
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Arsenal e Barcelona disputam este sábado, num Estádio José Alvalade lotado, a final da Liga dos Campeões feminina. Em declarações a O JOGO, Maria João Matos, jogadora do Futebol Benfica, espera ver um jogo atrativo e ofensivo. Quanto à evolução da modalidade, pede que “beba” o que de bom tem o futebol masculino, mas recomenda que sejam filtradas “as condutas que desvirtuam os valores do desporto”.
O que espera desta final, de um ponto de vista desportivo? O Barcelona é favorito?
Tendo em conta o lado desportivo, acredito que esta é uma das melhores finais que podia pedir-se para uma Liga dos Campeões: entre duas equipas absolutamente dominadoras nas suas provas internas, com um jogo dominante. Espero que as duas equipas pratiquem o futebol atrativo e ofensivo que as tem feito marcar tantos golos. Acredito que será um jogo positivo, com jogadoras que individualmente têm muita qualidade técnica e conhecimento do jogo para oferecer. Acredito que vai ser um jogo e uma festa bonita para quem estiver presente!
Há onze anos a final da Champions jogou-se no Estádio do Restelo, perante cerca de meia casa na altura. Agora, o Estádio José Alvalade está cheio para este Arsenal-Barcelona. É reflexo de uma forte evolução do futebol feminino nos últimos anos?
Por um lado, vejo como um ponto muito positivo a abertura que o Estádio do Restelo teve para receber um jogo que não tinha a visibilidade e retorno que hoje tem. Os primeiros passos são os que mais custam e os que devem ser lembrados. Claro que o facto de ser um jogo disputado em Alvalade, que está a ser tão bem promovido, que move torcedores de cada uma das equipas e portugueses que gostam da modalidade, mostra como a modalidade cresceu e cresceu de forma atrativa e positiva.
Há condições para um crescimento ainda maior do futebol feminino em Portugal?
Acredito que vai continuar a crescer, que vai chegar a palcos ainda maiores e espero que o futebol feminino, os seus intervenientes e os adeptos de agora e os que ainda vão ser conquistados, saibam acompanhar este crescimento, indo beber ao futebol masculino o que tanto tem de apaixonante, mas que também tenham capacidade para filtrar as condutas que desvirtuam os valores do desporto. Espero que o futebol feminino assuma também um papel educativo nestas e nas próximas gerações, no sentido de promover igualdade de oportunidades a todas as pessoas em todos os ramos da vida académica, profissional, cultural, desportiva e social.