Futebolista do Benfica defende a igualdade de género.
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Kika Nazareth é a favor da igualdade de género no futebol, defendendo a aproximação das condições salariais entre as mulheres e os homens. Num painel da 2.ª Conferência da Bola Branca, na qual também participavam Filipe Martins (treinador do Casa Pia) e Francisco Geraldes (jogador do Estoril), Kika virou-se para este último e perguntou-lhe: "A que horas te levantas todos os dias?". Geraldes respondeu sem hesitar: "7h30". "Pois, eu também", comentou logo de imediato Kika, como forma de explicar que trabalha tanto como qualquer homem na sua profissão.
A realizar uma grande temporada no Benfica, onde acabou de se sagrar tricampeã nacional, mas também na Seleção Nacional, que ajudou a carimbar o apuramento histórico para o Campeonato do Mundo, Kika Nazareth relembrou depois que o seu trajeto enquanto jogadora nem sempre foi um mar de rosas, apontando as recentes mudanças que ocorreram na modalidade como um forte tónico para a sua evolução.
"Houve imensas mudanças nestes últimos dois ou três anos. Não havia tanta exigência em termos práticos e os exercícios não eram tão pensados. (...) Hoje já são mais exigentes, mais pensados e não esperava que isto fosse possível tão rapidamente", disse a atleta, quanto ao rápido crescimento do futebol feminino nos últimos tempos, à margem da 2ª Conferência Bola Branca, da Rádio Renascença.
Sobre o Mundial, que arranca a 20 de julho na Austrália e na Nova Zelândia, a portuguesa confessa algum nervosismo, mas mostra-se confiante num bom torneio. "Estou ansiosa por começar a competição. Temos noção do que nos espera, porque temos grandes equipas pela frente, como a campeã e a vice-campeã do mundo em título, que são do nosso grupo. Mas antes de olhar para elas temos de olhar para nós. Estou confiante", disse.
Já em relação à hipótese de um dia vir a ser treinadora, respondeu: "se eu hoje estive meia hora a escolher esta roupa, como é que posso um dia vir a escolher jogadores?"
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