A futebolista do Pachuca, do México, emitiu um comunicado a reagir ao facto de não ter sido convocada por Montse Tomé para os compromissos da Espanha para a Liga das Nações feminina.
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Montse Tomé divulgou, esta segunda-feira, a convocatória da seleção espanhola para os dois primeiros jogos da Liga das Nações feminina - diante da Suécia, na sexta-feira, e frente à Suíça, no dia 26 -, com Jenni Hermoso a ficar fora das eleitas.
A nova selecionadora da "La Roja", que substituiu Jorge Vilda no cargo, justificou a ausência da atleta da seguinte forma: "Estamos com Jenni em tudo e com todas as jogadoras. A melhor forma de as ajudar é estar com elas e escutá-las. A melhor forma de protegê-la é assim. Contamos com ela, até porque a conheço bem. Já trabalhei muito com ela", referiu.
No entanto, a jogadora de 33 anos, que representa o Pachuca, do México, emitiu um comunicado a reagir ao facto de ter ficado de fora da lista, nos primeiros compromissos da Espanha após se ter sagrado campeã mundial: "Proteger-me de quê? Ou de quem?", escreveu a futebolista, numa nota publicada nas redes sociais.
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Recorde-se que, nas celebrações do título intercontinental, em Sydney, na Austrália, Jenni Hermoso foi beijada, na boca, por Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), num episódio repleto de polémica, que tem feito correr muita tinta.
Leia o comunicado na íntegra:
"Proteger-me de quê?
Passámos semanas, meses, à procura de uma proteção que não conseguimos encontrar no seio da própria Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF). As mesmas pessoas que nos pedem confiança são as que, hoje, lançam uma lista de jogadoras que pediram para NÃO serem convocadas.
As jogadoras têm bem claro que se trata de mais uma estratégia de divisão e manipulação para nos intimidar e ameaçar com repercussões legais e sanções económicas. Mais uma prova incontestável que demonstra que nada mudou até ao dia de hoje e que confirma a razão pela qual estamos a lutar e como o estamos a fazer.
Quero manifestar o meu total apoio às minhas colegas que, hoje, foram surpreendidas e obrigadas a reagir a mais uma situação lamentável provocada pelas pessoas que ainda continuam a tomar decisões dentro da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
Gostaria também de deixar uma coisa bem clara: hoje tentaram argumentar que o ambiente seria seguro para as minhas colegas quando, na mesma conferência de imprensa, foi anunciado que não me convocam para me proteger.
Proteger-me de quê? Ou de quem?"
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