Declarações do selecionador da seleção feminina após o empate
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Resultado e orgulho: "Acho que o resultado é justo, não sinto que saiba a vitória. Fico orgulhoso das nossas jogadoras, como fico quando vencemos e jogamos bem. É daqueles jogos em que, enquanto treinadores, nos sentimos realizados porque estamos jogar contra as melhores do mundo e conseguimos fazer uma segunda parte muito competente."
Tática: "Preparámos as duas situações, em ‘3-5-2’ e ‘4-4-2’. Temos de perceber o que o ‘3-5-2’ nos pode dar. Mas é uma decisão fácil para nós, porque estamos habituados a jogar em ‘4-4-2’, elas sentem-se confortáveis, são muito inteligentes. A vitória é delas, porque têm capacidade de, rapidamente, se reajustarem aos nossos pedidos."
Entrada da Kika Nazareth: "A Inglaterra estava em dificuldades antes da entrada da Kika [Nazareth]. Na segunda parte, quando alterámos o sistema, fomos melhores, começámos a dominar. Quando a Kika, a Andreia Jacinto e outras jogadoras entram, podem sempre ajudar. É isso que queremos, que quem entra pode melhorar a equipa, e foi isso que aconteceu hoje."
Sacrifício: "Sabíamos que a Inglaterra ia apertar muito alto. Tínhamos de ter algum sacrifício. Mas estes jogos têm de ser jogados em 90 minutos. Essa é a primeira aprendizagem que levámos da primeira participação na Liga A. Era-nos difícil jogar os jogos em 90 minutos, o que requer algumas estratégias. Precisamos de mais jogadoras disponíveis, porque é muito difícil recuperar entre jogos desta dimensão e exigência. A estratégia inicial era tentar ter mais bola e espaço por fora. Acho que ficámos um pouco intranquilos, houve muitos momentos em que tivemos falhas técnicas sem pressão."
Equilíbrio e o que se segue na Liga das Nações: "Tivemos um ano completo a jogar de forma dominadora. Há muito tempo que não passávamos por este registo, e veio outra vez ao de cima aquelas sensações de não conseguirmos jogar sob pressão, ficarmos ansiosas. É algo que demora o seu tempo, por muito que a gente treine, dar estes estímulos às jogadoras em espaço de seleção. Conseguimos equilibrar o jogo, ganhar mais duelos e isso permitiu-nos chegar mais alto. Houve alguns ajustes. Se tivéssemos sofrido o segundo golo na primeira parte, as coisas poderiam ter sido diferentes, felizmente não aconteceu. De nada vale este empate se não continuarmos a fazer pontos. Na primeira participação ganhámos à Noruega, e depois não pontuámos mais e acabámos por cair [de divisão]. Este grupo é equilibrado, toda a gente pode tirar pontos a toda a gente. Vai ser até ao limite."
Sarina Wiegman (selecionadora de Inglaterra):
"Estou desapontada com o resultado. Fizemos uma boa primeira parte. Facilitamos a nossa missão quando marcamos mais do que um golo e devíamos ter sido mais implacáveis na primeira parte.
Na segunda parte, Portugal começou a jogar melhor, mudou o sistema e, quando estávamos a tentar adaptar-nos a isso, marcou. Tivemos algumas dificuldades em manter a bola nessa fase.
Ganhámos de novo algum impulso no final da segunda parte, mas isso não chegou."