Francisco Neto após adeus ao Euro: "Não é questão de porta aberta ou fechada"
Declarações após o jogo Portugal-Bélgica (1-2), da terceira jornada do Grupo B do Campeonato da Europa feminino de futebol, disputado esta sexta-feira, no Estádio de Tourbillon, em Sion, na Suíça
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Francisco Neto (selecionador de Portugal): “Foi um Euro em crescendo, não começámos bem, mas fomos crescendo no equilíbrio defensivo e este jogo foi aquele em que conseguimos dominar mais, assumir mais o jogo e criar mais. Mas os erros individuais e coletivos penalizaram-nos muito. Estes jogos têm de ser jogados em 90 minutos. Não podemos sofrer tão cedo e o responsável sou eu. A responsabilidade é clara e eu sou o responsável máximo. Assumir a culpa eu sempre assumi. Nunca iria fugir à responsabilidade e não é uma questão de porta aberta ou fechada. Sempre disso isto e, sempre que acaba uma fase final, quando as coisas correm bem ou menos bem, fazemos uma reflexão profunda sobre as ilações. Desta vez não será exceção e é a forma com que temos vindo a trabalhar. Olhamos para as coisas sempre com ciclos de dois anos. Acabou agora um ciclo e vai começar um ciclo daqui a pouco tempo. Teremos tempo para fazer esse tipo de reflexão e quero ser sempre parte da solução. [As jogadoras] Foram ambiciosas, tiveram a coragem e propuseram-se a algo mais. Houve momentos em que não fomos competentes, mas ninguém pode tocar na jogadora portuguesa”.
Elísabet Gunnarsdóttir (selecionadora da Bélgica): ”Foi muito importante acabar com uma vitoria, não só pelos três pontos, mas também pela equipa. É assim que queremos aparecer no futuro, a forma como começámos o jogo e como conseguimos controlar os primeiros 25 ou 30 minutos. Houve jogos em que deveríamos e poderíamos ter feito diferente. A verdade é que, às vezes, as decisões que tomei nos jogos deixaram-me com dificuldade em dormir à noite. Queria ter feito as coisas de forma diferente, mas não posso voltar atrás”.