Francisco Neto antes do play-off para o Mundial: "Temos de fazer da nossa casa fortaleza"

Francisco Neto
LUSA
Francisco Neto deixou claro que as jogadoras lusas também estão preparadas, pela experiência de umas em equipas estrangeiras, nomeadamente em Espanha, e de outros num campeonato português "mais competitivo" e que "tem crescido"
O selecionador Francisco Neto pediu esta terça-feira uma enchente em Vizela, a seis de outubro, para ajudar a formação das "quinas" a vencer a Bélgica e a dar mais um passo rumo ao Mundial feminino de futebol de 2023.
"Apelo a todos os que gostam de nós para estarem presentes no dia seis [de outubro]. Penso que é um jogo de 50/50 [de possibilidades de apuramento], mas, se enchermos o estádio [do Vizela], será 60/40 para o nosso lado. Temos de fazer da nossa casa a nossa fortaleza", afirmou Francisco Neto.
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Na conferência em que divulgou a lista das 25 eleitas para os embates com a Bélgica, a seis de outubro, em Vizela, da primeira ronda do "play-off" europeu de apuramento, e, em caso de vitória, para o confronto com a Islândia, em 11 de outubro, em Paços de Ferreira, a contar para a segunda eliminatória, o selecionador lembrou os mais recentes embates com as belgas.
"Têm sido jogos muito equilibrados, decididos em pormenores, em bolas paradas, nos últimos minutos", recordou, elogiando o próximo adversário: "A Bélgica é uma equipa que tem tido um crescimento muito grande. Entre as seleções que estavam no "play-off", era a que tinha melhor "ranking"".
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Caso derrote a Bélgica, a seleção lusa ainda terá, pelo menos, mais um obstáculo no caminho para inédita presente no Mundial, a Islândia, outra formação muito cotada.
"A Bélgica tem um jogo mais técnico, com jogadoras com um perfil mais próximo das nossas, enquanto a Islândia varia entre jogadoras com qualidade técnica e outras com poderio físico. Traz-nos problemas completamente distintos", explicou.
Antes de pensar nas islandesas, é, porém, preciso vencer as belgas: "Temos de ser competentes com a Bélgica para podermos jogar com a Islândia. São duas equipas altamente organizadas e com experiência nestes jogos internacionais".
Mas Francisco Neto deixou claro que as jogadoras lusas também estão preparadas, pela experiência de umas em equipas estrangeiras, nomeadamente em Espanha, e de outros num campeonato português "mais competitivo" e que "tem crescido".
"O nosso objetivo era chegarmos às fases de decisão. Sabíamos que o primeiro lugar era difícil - foi conquistado pela Alemanha -, mas também que era possível chegarmos lá pelo "play-off". Qualificámo-nos e agora só dependemos de nós. Temos este sonho e sentimos que também temos competência", frisou.
A seleção portuguesa de futebol recebe a Bélgica a seis de outubro, pelas 18:00, no Estádio do Vizela, na primeira ronda do "play-off" europeu de apuramento para o Mundial de 2022.
No caso de sair vitoriosa, a formação das "quinas" enfrenta na segunda ronda a Islândia, em 11 de outubro, também a partir das 18:00, em Paços de Ferreira.
Se ultrapassar belgas e islandesas e for uma das duas melhores (pontos na fase de grupos, com primeiro, terceiro, quarto e quinto, e na segunda ronda do "play-off") entre as três vencedoras da segunda ronda, Portugal qualifica-se para o Mundial.
Caso consiga o apuramento, mas como pior dos apurados, Portugal segue para um "play-off" Intercontinental, que ditará as últimas três vagas, na Nova Zelândia (17 a 23 de fevereiro de 2023), com China Taipé, Tailândia, Camarões, Senegal, Papua Nova Guiné, Haiti, Panamá, Chile e Paraguai.
Para a fase final, estão definidas 27 das 32 seleções, nove em representação da Europa, nomeadamente Suécia, Espanha, Inglaterra, Dinamarca, Noruega, Alemanha, França, Países Baixos e Itália.
As outras formações já qualificadas são as anfitriãs Austrália e Nova Zelândia, mais China, Japão, Filipinas, Coreia do Sul e Vietname (Ásia), Marrocos, Nigéria, África do Sul e Zâmbia (África), Canadá, Costa Rica, Jamaica e Estados Unidos (CONCACAF) e Argentina, Brasil e Colômbia (América do Sul).
A fase final do Mundial feminino de 2003 realiza-se na Austrália e na Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto.
