Sanção por falta de comparência a uma convocatória de seleção nacional vai de multas a suspensão de dois a 15 anos
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Depois de uma noite marcada por uma reação de desagrado por parte de 20 jogadoras convocadas pela seleção nacional feminina para os compromissos da Liga das Nações, as atletas apresentaram-se esta manhã em Valência.
O jornal Marca explica que, apesar de as jogadoras terem recusado a sua chamada por parte da nova selecionadora Montse Tomé, reclamando que as mudanças operadas pela Federação Espanhola de Futebol (RFEF) desde o escândalo em torno de Luis Rubiales não foram suficientes, a sua decisão de cumprir a convocatória se deveu às possíveis consequências legais de uma renúncia.
A lei espanhola considera a não comparência a uma convocatória da seleção como um ato muito grave, com sanções que vão de multas de três a 30 mil euros, uma eventual suspensão da licença por um período de dois a quinze anos e uma proibição de acesso aos estádios por um período não superior a cinco anos.
Esta posição das jogadoras surgiu na sequência do beijo na boca que o então presidente da RFEF, Luis Rubiales, deu à jogadora Jenni Hermoso, durante as celebrações da conquista do título mundial feminino de futebol, no estádio de Sydney, na Austrália, num momento que ditou a sua demissão.
Logo nos dias posteriores à final do Mundial, mais de 80 futebolistas espanholas divulgaram um comunicado de solidariedade com Jenni Hermoso e anunciaram que recusavam jogar na seleção nacional de Espanha se não houvesse mudanças na federação.
Refira-se que Hermoso não foi incluída na convocatória de Montse Tomé, que explicou a decisão como uma forma de "proteger" a jogadora.
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