Palavras de Silvia Hermoso, irmã da futebolista beijada pelo presidente suspenso da Real Federação Espanhola de Futebol.
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Silvia Hermoso, irmã de Jenni, jogadora da seleção espanhola que foi beijada por Rubiales após a final do Mundial feminino, pronunciou-se, à Europa Press, sobre a polémica que estalou após a conquista do título.
A futebolista, recorde-se, denunciou o presidente suspenso da Real Federação Espanhola de Futebol por agressão sexual à Procuradoria-Geral da República. "Não vou falar sobre esse assunto de forma alguma", reagiu Silva, apontando: "Estamos com a minha irmã, que é campeã do mundo, mas é minha irmã e está efetivamente a defender muitas mulheres desportistas".
Rubiales beijou Jenni Hermoso na boca, em 20 de agosto, no estadio de Sydney, após a vitória de Espanha no Mundial feminino. A futebolista disse que o beijo não foi consentido, ao contrário do que afirma o presidente da federação.
Antes, na bancada do estádio, Rubiales tinha tocado os próprios genitais para celebrar a vitória espanhola.
Os dois comportamentos valeram-lhe queixas do governo de Espanha ao Tribunal Administrativo do Desporto, que decidiu abrir um processo disciplinar a Rubiales, e a suspensão da FIFA do cargo de presidente da federação espanhola, durante 90 dias.
Aos acontecimentos em Sydney seguiram-se inúmeras críticas a Rubiales, que disse que não iria abandonar o cargo, o que provocou um novo pico de contestação e extremar das posições, com as jogadoras da seleção a anunciarem não estarem disponíveis para voltarem a representar Espanha, enquanto os atuais dirigentes da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) se mantiverem nos cargos.
Onze membros da equipa técnica do selecionador feminino, Jorge Vilda, apresentaram a demissão.
Por seu lado, o técnico, que condenou o "comportamento impróprio" do presidente da RFEF, foi demitido do cargo na terça-feira pela federação espanhola, depois de críticas de diversos setores por ter aplaudido o discurso em que Rubiales disse que não se demitia e que estava a ser vítima de uma perseguição do "falso feminismo".
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