As tricampeãs nacionais estão a um pequeno passo de, pela primeira vez, seguir para os “quartos” da Liga dos Campeões, algo que seria inédito para o futebol feminino português.
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O empate conseguido, esta quinta-feira, em casa do Eintracht Frankfurt (1-1) comprovou, definitivamente, que a equipa de futebol feminino do Benfica está estruturada para a alta-roda europeia.
O resultado já podia ser um visto como um ótimo indicador disso, mas, neste período natalício, a categórica exibição coletiva foi o presente mais valioso que as tricampeãs nacionais trouxeram da Alemanha.
A perderem – Géraldine Reuteler adiantou o conjunto germânico perto da meia hora de jogo –, as águias precisavam de dar uma resposta à altura do momento. E, num cenário completamente desfavorável, deram.
Na segunda parte, a turma às ordens de Filipa Patão “soltou-se das amarras”, colocou em prática a sua ideologia e chegou à igualdade por intermédio de Nycole Raysla – que tinha saído do banco –, após (mais uma) assistência de Kika Nazareth – na semana passada, diante do mesmo adversário, no Estádio da Luz, a criativa já tinha feito o passe decisivo para Marie-Yasmine Alidou, que garantiu o triunfo das “encarnadas” (1-0).
Nos derradeiros segundos do desafio, a guardiã… alemã Lena Pauels tornou-se heroína da nação benfiquista, ao travar o penálti da compatriota Laura Freigang e deixar (bem) abertas as portas da glória celestial.
Nesta altura, o Benfica, 13º classificado do ranking de clubes da UEFA, encontra-se a um pequeno passo de, pela primeira vez, seguir para os “quartos” da Liga dos Campeões e estar entre as oito melhores formações do Velho Continente, algo que seria inédito para o futebol feminino português.
Ainda com duas jornadas por disputar no Grupo A da atual edição da prova, as águias já somaram mais pontos (sete) do que em toda a fase de grupos da temporada passada (seis) e da época 2021/22 (quatro).
O florescimento em modo evolutivo é palpável e, agora, além de transformar sonhos – que pareciam tão distantes há uns tempos – em objetivos, só pode aumentar o tamanho da ambição de querer continuar a fazer história. O caminho certo está a ser percorrido.