Raquel Ferreira, médio, foi uma das peças-chave do Damaiense, equipa sensação desta edição da Liga BPI.
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O Damaiense foi a grande revelação desta edição da Liga BPI. O emblema lisboeta, recém-promovido ao principal escalão do futebol feminino português, apresentou um estilo de jogo apelativo, que culminou num quinto lugar no campeonato e a chegada aos "quartos" da Taça de Portugal e da Taça da Liga. Nesta viagem do nosso jornal de norte a sul do país para falar com as protagonistas, conversámos com Raquel Ferreira. A médio de 21 anos e internacional jovem portuguesa foi um dos bons valores do Damaiense e da Liga BPI, assumindo que a coesão do grupo foi a grande chave da época.
A Raquel Ferreira foi uma peça crucial da equipa sensação desta época. Pensa que este rótulo se adequa ao Damaiense?
-Penso que foi uma temporada bastante positiva. A nível coletivo, conseguimos um merecido quinto lugar, mesmo que tenha ficado a sensação de que poderia ter sido ainda melhor. Acredito que todas estamos orgulhosas daquilo que conquistámos esta época.
O Damaiense foi uma das equipas mais elogiadas da Liga BPI, muito pelo seu futebol atrativo e ofensivo. As ideias do míster Tomás Tengarrinha encaixaram na perfeição no grupo?
-Eu penso que sim. Sempre que o míster nos pedia e apresentava as estratégias para os jogos nós compreendíamos na perfeição e executámos, na maioria das vezes, muito bem.
Calculo, contudo, que tudo isso não seria possível sem uma coesão inabalável no seio do grupo...
-Sem dúvida e a chave desta temporada foi essa. Conseguimos criar, dentro do nosso balneário, uma união incrível. Depois, o trabalho árduo de todos fez com que chegássemos a todos os jogos muito mais próximas da vitória. O nosso grupo era muito trabalhador, divertido e bastante unido.
No plano individual, a Raquel disputou 26 jogos e apontou cinco golos. Assistimos à sua melhor versão até agora?
-Penso que fiz uma época positiva, mas talvez ainda não tenha sido a melhor da minha carreira. Sinto que ainda tenho muita margem para melhorar e é isso que tenho em mente. Mas sei que contribuí para o sucesso da equipa nesta temporada.
Ao longo do seu percurso e apesar da sua tenra idade, a Raquel tem 68 jogos na Liga BPI no currículo. Sente que a prova tem dado passos largos?
-A Liga BPI tem crescido a olhos vistos. O facto de apresentar um formato em que não há divisão de fases (apuramento de campeão e descida) veio trazer uma maior e melhor competitividade ao campeonato.
Chegou no início da época ao Damaiense, após passar por clubes como Ponterrolense, Torreense e Sporting. O que a cativou no clube da Damaia?
-O que me chamou no Damaiense foi o projeto ambicioso que me foi apresentado no início da época. Senti logo que poderia ajudar e decidi aceitar.
Convido-a a fazer uma viagem pelo passado. Como começou esta paixão pelo futebol?
-Acho que posso dizer que o gosto pelo futebol nasceu comigo. Desde que me lembro que ando com uma bola sempre por perto. Comecei a jogar num clube, federada, aos seis anos e desde aí que não parei.
A sua família sempre a apoiou?
-A minha família nunca foi uma barreira. Sempre me apoiou e é o meu grande pilar.
Tem alguma referência no futebol?
-O meu maior ídolo é o Cristiano Ronaldo, por tudo o que está à vista e pelo que ele representa. Os índices de dedicação, esforço e trabalho estão sempre no máximo e isso fascina-me.
Até onde deseja chegar na sua carreira?
-Eu tento não pensar muito à frente, sou mais uma pessoa de pensar a curto prazo e ser melhor a cada dia que passa. No entanto, os meus grandes objetivos são jogar nas melhores ligas do mundo e conseguir vestir a camisola da Seleção principal.
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