Emma Hayes, selecionador da equipa feminina dos Estados Unidos da América, diz que as mulheres têm a mesma competência para liderar uma equipa masculina que os homens, mas que há medo em fazer essa aposta
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Casos de mulheres a treinar uma equipa masculina de futebol são muito raros e Emma Hayes, a selecionador da equipa feminina dos Estados Unidos da América, acredita que isso se deve ao facto de as pessoas não acreditaram que uma mulher pode liderar um balneário de homens. Portanto, "ainda há muito trabalho a ser feito", defende a treinador inglesa, que esteve à frente da equipa feminina do Chelsea durante as últimas 12 temporadas.
"Já disse isto um milhão de vezes: conseguem encontrar uma piloto, uma doutora, uma advogada, uma bancária, mas não conseguem uma treinadora a trabalhar no futebol masculino, a liderar homens. Isso só mostra que ainda há muito trabalho a ser feito. É por isso que, para mim, as perguntas têm de ser feitas a quem está nos altos cargos. As pessoas continuam a achar que uma mulher não consegue liderar um balneário cheio de homens. Eu coordeno cerca de 25 homens todos os dias, é o meu staff. Nunca pensei que os jogadores fossem um problema. Acho que os jogadores querem ser orientados. Se o melhor treinador disponível for uma mulher, têm de aceitar tal como outra coisa qualquer", referiu, em entrevista à BBC, a Treinador do Ano no futebol feminino em 2021.
Emma Hayes, 47 anos, também passou pelas equipas femininas do LI Rough Riders, Iona Gaels e Chicago Red Stars.