Megan Rapinoe, internacional norte-americana, mostrou-se desolada após o Supremo Tribunal norte-americano ter passado uma lei que elimina o direito ao aborto.
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Megan Rapinoe, internacional norte-americana, foi uma de várias personalidades a já ter reagido à polémica decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos em passar uma lei que elimina o direito constitucional ao aborto.
Desolada, a extremo de 36 anos compareceu esta sexta-feira numa conferência de imprensa, onde criticou fortemente uma decisão que garante que "não vai impedir que os abortos aconteçam, só que sejam feitos de forma segura".
"Sou uma mulher branca, rica e cisgénero, que vive numa das cidades mais progressivas do mundo [Seattle] com a proteção de mim própria e dos meus recursos, mas também disto [apontou para o escudo da Federação de Futebol norte-americana]...", começou por dizer.
"Nem toda a gente tem isto. Nós sabemos que vai afetar desproporcionalmente mulheres pobres, mulheres afro-americanas, mulheres imigrantes, mulheres que estão em relações violentas, mulheres que foram violadas, mulheres e raparigas que foram violadas por membros da própria família, ou que simplesmente não tomaram as melhores decisões", acrescentou a jogadora do OL Reign, dos EUA.
Rapinoe concluiu o discurso garantindo que a lei contra o aborto é proveniente de "pura crueldade" e vai contra a defesa da própria vida.
"Sabemos bem que a lei contra o aborto não vai impedir que aconteçam, só que sejam feitos de forma segura. Não consigo descrever a tristeza e crueldade disto, crueldade é a chave, porque isto não é estar lá para a vida", concluiu.
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