"A igualdade não significa que a voz de uma mulher valha mais do que a de um homem"
Luis Rubiales voltou a abordar o caso do beijo polémico que deu à futebolista Jenni Hermoso.
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Luis Rubiales voltou a quebrar o silêncio para falar do episódio que teve com a jogadora Jenni Hermoso, durante as celebrações da conquista do Mundial de futebol feminino, no passado dia 20 de agosto, em Sydney, na Austrália.
O ex-presidente da RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol), que foi suspenso pela FIFA por três anos e aguarda julgamento, afirmou que o governo espanhol promoveu o falatório sobre o seu caso e aumentou as repercussões do mesmo para que se evitasse falar da Amnistia.
“No meu caso, durante dois ou três meses, falou-se muito de mim e pouco de outras coisas importantes. A Amnistia é uma separação de poderes. Todos os espanhóis a lamentam, muitos eleitores de esquerda não a compreendem. Não havia necessidade de o fazer a nível social. Não me oponho ao que os juízes dizem, mas também estão a tentar elaborar uma Lei de Amnistia com aqueles que foram condenados. É tudo um disparate”, realçou numa entrevista com Alvise Pérez.
Como é óbvio, o antigo dirigente continuou com a sua defesa. “A demagogia está a ganhar o dia. Por exemplo, na questão da igualdade. Temos de trabalhar para que mais mulheres tenham acesso aos cargos? Sim, mas não havia nenhuma mulher vice-presidente da RFEF até à minha chegada. Temos de trabalhar para que aqueles que maltratam sejam condenados? Sim, mas também para que as falsas denúncias não voltem a acontecer. A igualdade não significa que a voz de uma mulher valha mais do que a de um homem, nem o contrário”, afirmou.
Falando mais especificamente sobre o beijo polémico que deu a Jenni Hermoso, Luis Rubiales negou, uma vez mais, a versão dos factos apresentada pela atleta. “A Jenni sabe que está a mentir quando diz que eu a pressionei depois do beijo. Há pessoas que a apoiam porque, estando lá dentro, têm medo”, concluiu.